O mosquito Aedes Aegypti se adaptou ao frio e finalmente chegou em Curitiba e para evitar a proliferação na cidade é fundamental que o curitibano tenha alguns cuidados para exterminar a ameça para o ser humano.
Desde abril o Paraná vem passando por uma pandemia, nada comparada a da Covid-19, mas que vem levando vidas desnecessárias por falta de cooperação da sociedade civil.
O primeiro passo para conter o avanço da dengue é saber como o mosquito se comporta e como combatê-lo é uma importante ferramenta para eliminar a formação de criadouros, os locais mais propícios para sua proliferação.
Para dar mais informações sobre o vetor transmissor da dengue, o Programa de Combate ao Aedes da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba lista dez curiosidades que todos devem saber sobre o mosquito transmissor:
1. Made in Egito
O nome do Aedes a aegypti significa “odioso do Egito”. O mosquito foi batizado assim porque a primeira notícia sobre esse inseto foi no Egito, em 1752, deixando memórias desagradáveis.
Em 1762, foi descrito cientificamente pela primeira vez como Culex aegypti e só em 1818 recebeu definitivamente o nome Aedes aeg.
2. Erradicar é difícil, porém, possível
O Brasil chegou a ser considerado livre desse vetor da dengue, Zika e Chikungunya em 1958 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após uma grande força-tarefa nacional, com rígidas medidas de controle.
Mas como a erradicação não se expandiu por outras áreas das Américas, o vetor permaneceu em regiões como Venezuela, sul dos Estados Unidos, Guianas e Suriname, Caribe e Cuba. Voltou ao Brasil de carona nos meios de transporte, anos depois.
3.Ovo resistente
Os ovos do Aedes aegypti são muito resistentes: aguentam até 15 meses em superfícies secas, aguardando a condição ideal (contato com a água) para eclodir.
Quando entram em contato com a água, bastam 30 minutos para as larvas saírem dos ovos. A partir daí, em até dez dias atingem a fase adulta, como mosquitos.
Por isso, só tirar os objetos que acumulam água do ambiente aberto não basta: é necessário limpá-los bem (com água e sabão e uso de esponja ou escovinha), para que os ovos sejam destruídos, depois secá-los e guardá-los em ambiente seco.
4. O mosquito não desaparece nos meses mais frios
Apesar de se proliferar com mais facilidade nos períodos mais quentes e úmidas do ano, como o verão, o Aedes se adapta às condições mais frias, como outono e inverno. Por isso, o cuidado para evitar sua proliferação deve ser constante, o ano todo.
5. As fêmeas são as transmissoras das doenças
É a picada do mosquito Aedes fêmea que causa a doença. Como elas precisam se alimentar com sangue para a produção dos ovos, a picada pode resultar na ingestão de sangue contaminado por diferentes vírus, que vão ser transmitidos nas próximas picadas.
As fêmeas também são as responsáveis pela perpetuação e eficientes na disseminação da espécie: são capazes de botar cerca de 450 ovos e picar diferentes pessoas durante a vida.
6. Quem já teve dengue uma vez, pode ser contaminado de novo
Uma pessoa pode ser infectada por dengue até quatro vezes, por quatro sorotipos diferentes da doença. Após infectado, o paciente adquire imunidade apenas àquele sorotipo, podendo contrair os demais. A cada reinfecção, o risco de complicações pode aumentar.
7. Não há transmissão de pessoa a pessoa
Dengue, Zika e Chikungunya são contagiosas, mas não entre pessoas. A contaminação só é possível a partir da picada de uma fêmea de Aedes que esteja carregando o vírus.
Quando o mosquito pica uma pessoa infectada, o vírus se aloja e se multiplica no intestino, espalhando-se por outras áreas, inclusive as glândulas salivares. A partir desse momento, o mosquito pode transmitir a doença nas próximas picadas.
8.Dengue não tem tratamento
Não. E também não ainda existe uma vacina contra a Dengue eficiente e disponível para a população. O que é feito é a medicação para amenizar os sintomas no caso de contaminação. A recomendação é não se automedicar. Não use medicamentos à base de ácido acetilsalicílico em caso de suspeita de Dengue, pois podem agravar os riscos de hemorragia que a doença provoca.
9. Mosquito atleta
O Aedes aegypti tem apenas meio centímetro de tamanho e tem energia de deixar um maratonista com inveja. De hábitos predominantemente diurnos, vive em média, 30 dias. Seu voo tem uma altura média de 1,5 metro, mas que pode percorrer longas distâncias, de até 300 metros de raio.
10. Dez minutos semanais são suficientes para prevenção
Esse é o tempo médio para verificar as áreas das casas. É muito importante eliminar qualquer recipiente que possa estar com água acumulada servindo de criadouro para o Aedes como lajes, calhas entupidas, piscinas, baldes, tonéis com água, potes de plástico, brinquedos espalhados no quintal, garrafas, pneus, vasos de plantas e muitos outros. Além de manter esses locais secos e protegidos, é preciso limpá-los, com água, sabão, esponja ou escova.
Ao todo, 69% dos focos positivos identificados em Curitiba foram encontrados em residências, o que demonstra a necessidade de que cada cidadão faça sua parte.