Saturday, April 26, 2025
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Quem matou Robert Kennedy em 1968?

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O governo americano iniciou a publicação de aproximadamente 10 mil páginas de arquivos confidenciais relacionados ao homicídio do ex-senador democrata, ocorrido em 1968, na cidade de Los Angeles. A medida cumpre determinação assinada pelo presidente Donald Trump, atendendo a pedidos do filho da vítima, Robert Kennedy Jr., atual secretário de Saúde, que questiona a condenação do suposto autor do crime, Sirhan Sirhan.

Parte da documentação sofrerá redações para preservar dados sensíveis, como informações pessoais de cidadãos.

Durante as buscas por registros, agentes federais localizaram adicionalmente 50 mil páginas não catalogadas em instalações da CIA e do FBI. Esses documentos estão sendo processados para futura divulgação pública. O acervo já disponibilizado inclui relatórios de investigação, depoimentos de testemunhas e análises técnicas que prometem reacender debates sobre as circunstâncias do crime ocorrido durante campanha presidencial.

A iniciativa ocorre semanas antes do 55º aniversário do atentado no Hotel Ambassador, em Los Angeles. Especialistas em história política afirmam que a liberação pode esclarecer teorias conspiratórias que circulam há décadas, embora autoridades alertem que nenhum documento contém evidências conclusivas que alterem a versão oficial do caso. Familiares da vítima acompanharão o processo de análise do material recém-divulgado.

Especialistas em história política demonstram cautela sobre possíveis revelações contidas nos documentos federais recém-liberados. Embora investigações locais e do FBI sobre o crime estejam acessíveis há anos nos arquivos californianos, permanece a dúvida sobre se agências como a CIA possuem registros inéditos. A atual divulgação inclui correspondências ministeriais, imagens forenses e reportagens da época, embora parte do material apresente problemas de legibilidade devido à deterioração ou anotações manuscritas.

Esta iniciativa integra um esforço mais amplo de transparência histórica, seguindo a liberação de registros sobre os assassinatos de Martin Luther King Jr. e John F. Kennedy. Diferenciando-se desses casos, não há confirmação sobre a existência de documentos federais substancialmente novos relacionados ao senador assassinado durante sua campanha presidencial.

O envolvimento ativo de Robert Kennedy Jr. explica parcialmente a prioridade dada ao caso. O atual secretário de Saúde, que defende a revisão da condenação de Sirhan Sirhan, expressou gratidão pela medida. Sua posição contrasta com a de outros familiares, evidenciando divisões persistentes sobre o episódio que completa 55 anos.

Sirhan, preso em flagrante no Hotel Ambassador, teve sua última tentativa de liberdade condicional bloqueada pelo governador Gavin Newsom em 2021, mantendo-se no centro de debates entre pesquisadores. Enquanto análises balísticas oficiais sustentam a tese do atirador solitário, discrepâncias nos relatos de testemunhas continuam alimentando teorias alternativas. A desclassificação pode oferecer novos elementos para esse diálogo inconclusivo, embora autoridades alertem que nenhum documento altera as conclusões judiciais originais.

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