Dados do Laboratório Central do Estado (Lacen) revelam um cenário epidemiológico preocupante no território paranaense. Entre março e abril, a detecção do vírus sincicial respiratório (VSR) apresentou incremento de 133,55%, enquanto os casos de Influenza A tiveram elevação alarmante de 497,78%. As informações, atualizadas até 22 de abril, mostram positividade que saltou de 6,43% para 15,02% no primeiro patógeno e de 0,90% para 5,38% no segundo.
O estudo analisou 3.013 amostras coletadas nos dois meses, processadas através do sistema GAL do Ministério da Saúde. Embora outros agentes como SARS-CoV-2, Influenza B e adenovírus tenham mantido estabilidade ou redução, os especialistas alertam para os riscos específicos das cepas em ascensão. O VSR representa particular perigo para lactantes, sendo responsável por 75% das bronquiolites em menores de dois anos, segundo estatísticas hospitalares.
Campanhas de conscientização serão intensificadas nas unidades de saúde, com foco em mães de crianças pequenas e idosos. A rede pública mantém estoque estratégico de antigripais para tratamento precoce dos casos mais graves. Autoridades sanitárias monitoram especialmente a região metropolitana de Curitiba, onde se concentram 40% das notificações.