Dados recentes colocam a capital paranaense como a segunda cidade brasileira com maior participação do setor de tecnologia no PIB municipal (14,4%), superando metrópoles como São Paulo (12,5%) e Rio de Janeiro (8,3%). O estudo, realizado pela Acate em parceria com a prefeitura de Florianópolis, revela que apenas a capital catarinense (25%) apresenta desempenho superior nesse indicador.
Curitiba tem o sexto maior PIB entre as capitais, calculado em R$ 98 bilhões pelo IBGE. Segundo o estudo da Acate, desse total, R$ 14,1 bilhões vindos das empresas de tecnologia. No dia a dia, esse montante se traduz em geração de empregos e renda para a cidade.
A trajetória de desenvolvimento tecnológico remonta à criação da Cidade Industrial há 52 anos, mas ganhou impulso decisivo com a implementação do Vale do Pinhão em 2015. A iniciativa transformou o ecossistema local, elevando em sete vezes o número de startups na última década. Três dessas empresas alcançaram status de unicórnio, com valuation superior a US$ 1 bilhão.
A excelência acadêmica complementa esse cenário: 55 instituições de ensino superior formam anualmente 21,3 mil estudantes em áreas estratégicas. Novas políticas públicas, como o Vale-Qualificação, buscam aprimorar a mão de obra disponível, conectando talentos a oportunidades no mercado em expansão.
Reconhecimento internacional coroou esses esforços em 2023, quando a capital foi eleita o segundo ecossistema emergente mais promissor da América Latina para negócios inovadores. Especialistas apontam a integração entre universidades, poder público e iniciativa privada como diferencial competitivo para os próximos anos.