Durante muito tempo, os cientistas acreditaram entender quão rápido o universo está se expandindo – mas quanto mais aprendem, essas teorias parecem estar se expandindo tão rapidamente quanto o próprio universo.
Basicamente, a “constante de Hubble” mede a velocidade com que o universo está se expandindo. O único problema? Diferentes instrumentos continuam fornecendo valores diferentes para isso, dando origem ao que é conhecido como “tensão de Hubble”.
Isso levanta uma possibilidade interessante: que, como o físico vencedor do Prêmio Nobel Adam Riess explica em um blog da NASA, grande parte do que pensávamos saber sobre o universo pode estar errado.
“Agora, abrangemos todo o alcance do que Hubble observou, e podemos descartar um erro de medição como a causa da tensão de Hubble com muita confiança”, disse o físico da Johns Hopkins.
Apontando o telescópio Webb profundamente no universo para tentar confirmar os números complicados de Hubble em 2023, os cientistas ficaram perplexos quando o novo telescópio confirmou os achados de seu antecessor, aprofundando a discrepância.
Uma possibilidade para as descobertas surpreendentes poderia ser o agrupamento estelar, que ocorre quando os telescópios espaciais veem mais estrelas do que conseguem lidar, podendo afetar as medições de expansão, já que a luz delas essencialmente distorce sua visão. A poeira estelar torna esse efeito ainda mais forte, mas, como explica a NASA, o Webb deve ser capaz de superar o ruído e obter imagens e medições de distância mais precisas.
Como Riess especula, pode haver algo maior acontecendo do que os números que não se somam.
“Com os erros de medição negados”, ele disse à NASA, “o que resta é a possibilidade real e excitante de que tenhamos entendido mal o universo”.
