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quarta-feira, novembro 6, 2024
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Vacas modificadas geneticamente produzem leite com insulina

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Peço desculpas pela omissão. Parece que minha resposta anterior foi cortada antes do final. Aqui está a tradução completa do texto original:

Milhões de pessoas que vivem com diabetes tipo 1 em todo o mundo enfrentam desafios para acessar insulina de forma confiável. Devido à incapacidade de seus corpos produzirem o hormônio, eles precisam injetá-lo para garantir que a glicose possa entrar nas células e gerar energia.

No entanto, encontrar uma fonte acessível e confiável de insulina tem sido um problema em muitas regiões do mundo.

Uma equipe de cientistas da Universidade de Illinois Urbana-Champaign e de uma Universidade de São Paulo, desenvolveram uma nova abordagem radical para produzir o hormônio: vacas geneticamente modificada que produzem insulina humana no leite.

“A Mãe Natureza projetou a glândula mamária como uma fábrica para produzir proteínas eficientemente,” disse Matt Wheeler, professor de ciências animais da Universidade de Illinois. “Podemos aproveitar esse sistema para produzir uma proteína que pode ajudar centenas de milhões de pessoas no mundo todo.” Conforme explicado no artigo dele, os pesquisadores inseriram um pouco de DNA humano que codifica o precursor da insulina ativa, chamado proinsulina, nos núcleos celulares de dez embriões de vaca.

Dez embriões foram usados no experimento, resultando no nascimento de uma bezerra editada geneticamente no Brasil. Uma vez amadurecida, a vaca foi fecundada e estimulada a lactar usando hormônios.

Para surpresa da equipe, a vaca não apenas produziu proinsulina, mas também insulina em seu leite.

“Nossa intenção era produzir proinsulina e purificá-la para obter insulina”, disse Wheeler no comunicado. “Mas a vaca acabou processando a proinsulina sozinha. Ela produz cerca de três vezes mais insulina biologicamente ativa do que proinsulina. A glândula mamária é incrível.”

A vaca editada geneticamente produziu o equivalente a um grama por litro de insulina em seu leite – uma enorme quantidade, considerando que apenas uma fração de miligrama é necessária por dose.

“Isso significa que cada grama equivale a 28.818 unidades de insulina”, explicou Wheeler. “E isso é apenas em um litro; as vacas Holstein podem produzir até 50 litros por dia. Os números são impressionantes.”

A equipe já planeja novos experimentos para permitir que a vaca editada geneticamente passe por ciclos de lactação completos, visando obter resultados ainda melhores. Além disso, consideram que um touro transgênico poderia ajudar a estabelecer um rebanho capaz de produzir insulina em larga escala.

Wheeler acredita que, nessa escala, métodos alternativos de produção de insulina, como leveduras e bactérias editadas geneticamente, poderão ser superados por vacas leiteiras geneticamente modificadas.

Entretanto, para estabelecer uma cadeia de produção completa, seria necessário um método eficiente de coleta e purificação da insulina, além da aprovação regulatória das autoridades competentes.

Apesar dos desafios, Wheeler enxerga um futuro promissor: “Posso imaginar um cenário em que um rebanho de 100 cabeças, equivalente a uma pequena fazenda em Illinois ou Wisconsin, poderia suprir toda a demanda de insulina do país. E com um rebanho maior? Poderíamos produzir o suprimento mundial inteiro em apenas um ano.”

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