Em 2001, o Engenheiro Elétrico Britânico Roger Shawyer apresentou pela primeira vez o “impossible drive”, conhecido como EmDrive. A ideia era revolucionária: um dispositivo que supostamente poderia gerar impulso sem a necessidade de propelente, desafiando as leis conhecidas da física.
Mas como toda proposta que parece desafiar as bases estabelecidas por Newton e Einstein, essa inovação levantou mais do que algumas sobrancelhas entre os cientistas. Durante duas décadas, o EmDrive foi submetido a uma série de testes rigorosos, que culminaram em uma conclusão inevitável em 2021: o EmDrive era falso.
No entanto, o sonho de uma máquina sem propelente não morreu com o EmDrive. Recentemente, um novo concorrente surgiu, com um ex-cientista da NASA liderando o projeto. Charles Buhler, que ajudou a estabelecer um laboratório crucial na NASA, anunciou a criação de um drive alimentado por uma “Nova Força”, que desafia as leis físicas conhecidas.
Essa descoberta foi apresentada na Conferência de Energia de Propulsão Alternativa (APEC), reunindo engenheiros e entusiastas determinados a superar as limitações da gravidade e da física. Buhler explicou que sua equipe, após décadas de pesquisa, conseguiu desenvolver um drive que gera impulso suficiente para superar a gravidade da Terra, utilizando princípios da eletrostática.
As alegações de Buhler podem até ser impressionantes, mas é importante ressaltar que a história dos drives sem propelente está repleta de resultados promissores que não se confirmaram. Antes que essa nova descoberta seja comemorada, ela precisa ser verificada por pesquisas independentes e rigorosas.
Apesar da tentação de vislumbrar uma nova fronteira na propulsão espacial, é crucial exercer cautela. A ciência demanda evidências sólidas e replicáveis. Contudo, é possível que este seja o primeiro passo em direção a uma revolução na exploração do espaço.