Um levantamento da Secretaria de Educação do Estado mostrou que 87% das mais de 2 mil escolas estaduais estão funcionando normalmente, sem adesão de professores à greve convocada pelo sindicato. Todas as escolas têm alguma aula em andamento, após uso de tecnologia e substituição de docentes.
A greve é contra o programa Parceiro da Escola, que foi suspenso pela Justiça no feriado de Corpus Christi. Há multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão. A votação do projeto na Assembleia acontece nesta segunda (3 de junho).
O Parceiro da Escola visa otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante parceria com empresas especializadas em gestão educacional. Elas ficarão responsáveis pela administração das escolas selecionadas e gestão de terceirizados (limpeza/segurança).
O principal objetivo é permitir que diretores e gestores se dediquem à melhoria da qualidade de ensino, desenvolvendo metodologias pedagógicas, treinando professores e acompanhando o progresso dos alunos. Diretores, professores e funcionários efetivos serão mantidos, com vagas remanescentes supridas pela empresa parceira, obrigatoriamente com salários equivalentes aos do Estado. A gestão pedagógica continuará a cargo do diretor concursado.
O programa será implementado mediante consulta pública à comunidade escolar, em modelo similar às consultas das escolas cívico-militares. A proposta é consultar 200 escolas de cerca de 110 cidades, onde foram observados pontos a aprimorar pedagogicamente, inclusive projetando redução da evasão escolar – cerca de 10% da rede estadual.
Escolas indígenas, quilombolas, em ilhas e as cívico-militares não serão atingidas pelo Parceiro da Escola.