Um novo estudo revela que adultos de meia-idade e idosos que sofrem de solidão crônica têm maior risco de derrame em comparação com aqueles que não relatam sentir-se solitários. Esta associação persiste independentemente da presença de sintomas depressivos ou sensação de isolamento social.
A pesquisa, liderada por Yenee Soh, acompanhou dados de cerca de 9.000 adultos sem histórico de derrame por 10 a 12 anos.
Os resultados mostraram que indivíduos com solidão crônica apresentaram um risco 56% maior de derrame em comparação com aqueles que consistentemente não relataram solidão. Curiosamente, a solidão situacional – temporária devido a mudanças circunstanciais – não foi associada a um aumento no risco de derrame.
O estudo é um dos primeiros em larga escala a examinar a relação entre mudanças na solidão e o risco de derrame ao longo do tempo. A Dra. Julianne Holt-Lunstad, professora de psicologia, afirmou que os resultados são consistentes com pesquisas anteriores que ligam a solidão a piores resultados de saúde, especialmente quando persistente ou crônica.
Os pesquisadores sugerem que avaliações repetidas de solidão podem ajudar a identificar pessoas em maior risco de derrame. Soh enfatiza a importância de abordar os sentimentos de solidão tanto em nível individual quanto social para prevenir consequências graves à saúde.
O estudo destaca a solidão como uma questão de saúde pública significativa e sugere que intervenções específicas para combater a solidão, distinta do isolamento social, podem ser cruciais para reduzir o risco de derrame em populações vulneráveis.