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terça-feira, outubro 22, 2024
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Descubra como Marte se tornou um deserto

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A cada dia, nos aproximamos mais de descobrir se a vida já existiu — ou mesmo se poderia ter existido — no planeta vermelho. Recentemente, cientistas analisando dados do rover Curiosity da NASA obtiveram novos insights sobre como Marte pode ter mudado de um planeta rico em água e potencialmente habitável para um deserto inóspito.

Enquanto o Curiosity explora a cratera Gale, realiza experimentos com rochas usando seus instrumentos Sample Analysis at Mars (SAM) e Tunable Laser Spectrometer (TLS). Ao aquecer amostras de rochas ricas em carbono, ou carbonatos, que costumam funcionar como registros climáticos, o rover revelou uma composição isotópica que sugere dois cenários climáticos possíveis no passado de Marte.

No primeiro cenário, os carbonatos podem ter se formado por ciclos repetidos de umidade e secura, sugerindo intensa evaporação. No segundo, eles podem ter se formado em água extremamente salgada e fria.

“Esses mecanismos de formação representam dois regimes climáticos diferentes, que podem apontar para cenários distintos de habitabilidade”, explicou Jennifer Stern, pesquisadora da NASA Goddard. “Os ciclos de umidade e secura indicariam uma alternância entre ambientes mais e menos habitáveis, enquanto temperaturas criogênicas nas latitudes médias de Marte sugerem um ambiente menos habitável, onde a maior parte da água estaria presa no gelo e não disponível para processos químicos ou biológicos, e o que resta seria extremamente salgado e hostil à vida.”

Embora esses dois cenários não sejam conceitos novos, outras evidências de Marte, como formações rochosas e a presença de minerais específicos, os corroboram. No entanto, este estudo marca a primeira vez que evidências isotópicas de amostras de rochas apoiam essas hipóteses.

Por outro lado, há uma má notícia associada a esses resultados. “Nossas amostras não são consistentes com um ambiente antigo com vida na superfície de Marte”, disse David Burtt, da NASA Goddard, autor principal do estudo. “Isso, no entanto, não descarta a possibilidade de uma biosfera subterrânea ou de uma biosfera de superfície que tenha começado e terminado antes da formação desses carbonatos.”

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