O advogado José Diniz, do adolescente de 17 anos apreendido após a caminhonete Toyota SW4, carregada com cerca de 800 quilos de maconha, cair no Rio Barigui na manhã da última quinta-feira (21), afirmou que foi sequestrado e forçado a transportar as drogas de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, para Curitiba.
Segundo Diniz, o adolescente foi criado em uma família de bons princípios, em uma fazenda em Ponta Porã. Seu pai é fazendeiro, e sua mãe, uma pessoa de bons valores, sempre incentivou o filho a ter responsabilidade, como cuidar da casa e ajudar nas tarefas cotidianas. No entanto, o jovem, em busca de independência, se envolveu com o traficante, com quem teve contato pela internet. O criminoso o convidou para uma suposta “entrega de mercadoria” em Curitiba, alegando que a ação seria tranquila e legal.
O advogado contou que o adolescente conheceu o traficante em uma festa em Ponta Porã, onde a caminhonete foi carregada com a droga. Durante a viagem para Curitiba, o jovem começou a perceber que algo estava errado e questionou o traficante sobre a natureza da carga. Foi quando ele reconheceu que estava transportando maconha e tentou alertar o criminoso, mas foi ameaçado. O traficante tomou seu celular e o ameaçou de morte, dizendo saber onde moravam sua família e que faria mal a todos caso ele não seguisse com o transporte da droga.
A caminhonete foi localizada no limite entre Curitiba e Araucária, após um acompanhamento tático da Polícia Militar (PM), que recebeu uma denúncia anônima. O traficante conseguiu fugir, mas o adolescente foi encontrado no banco da frente do veículo, sem o celular, o que gerou grande preocupação por parte de sua família, que ficou sem informações sobre seu paradeiro durante o período.
O advogado ainda ressaltou que a família do jovem estava desesperada pela falta de contato, especialmente por não ter tido notícias dele enquanto ele estava em trânsito com o traficante.
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