A poucos quilômetros de Curitiba, a Região Metropolitana revela um mosaico de atrativos naturais que vão desde caminhadas leves até aventuras mais desafiadoras. Cânions, quedas d’água e mirantes naturais compõem um cenário ideal para quem busca contato com o meio ambiente sem precisar percorrer longas distâncias.
A infraestrutura turística na área vem se consolidando, com estabelecimentos gastronômicos que valorizam produtos locais e hospedagens que variam de charmosas pousadas a hotéis-fazenda. Esse movimento impulsiona a economia dos municípios vizinhos, gerando emprego e renda na esteira do crescimento do segmento de turismo de experiência.
Entre as opções mais procuradas estão o Parque Estadual do Pau Oco em Morretes, com suas formações rochosas impressionantes, e a Cachoeira da Mariquinha em Colombo, acessível após curta caminhada. Para os menos experientes, o Bosque Reinhard Maack em Quatro Barras oferece trilhas pavimentadas e acessíveis, demonstrando que não é necessário ser atleta para desfrutar desses cenários. Novos projetos em estudo incluem a implantação de passarelas suspensas e observatórios de fauna em áreas de preservação.
Trilhas mais famosas
Morro do Anhangava, Quatro Barras
É um dos locais mais populares para os trilheiros e adeptos do montanhismo. A trilha para o Anhangava começa na base do Instituto Ambiental do Paraná, em Quatro Barras. São cerca de duas horas para subir e a vista do alto do morro é um espetáculo à parte.
Pode ser feita por iniciantes, mas há trechos de pedras mais íngremes em que é preciso usar grampos como apoio. É possível ir e voltar pelo mesmo caminho ou fazer um trajeto circular. Você deve informar na base do IAP sobre a escolha do percurso.
Pão de Loth, Quatro Barras
O Morro Pão de Loth (1,3 mil metros de altitude) está no início da Serra da Baitaca, do lado direito do Caminho do Itupava, com o Morro do Anhangava nas proximidades. O percurso também começa no posto do IAP. Do alto é possível avistar a capital, a Baia de Paranaguá, Baía de Antonina, o Complexo Marumbi, o Pico Paraná e as costas do Morro do Anhangava.
O Pão de Loth (ou Ló) recebeu essa denominação por se parecer com um tradicional bolo português. Era um ponto de parada dos tropeiros que vinham do litoral e paravam na gruta aos pés do monte.
Morro do Canal, Piraquara
A trilha é considerada relativamente fácil e bem sinalizada. Porém, há trechos íngremes e você vai precisar fazer uso de equipamentos específico (correntes, cordas ou grampos).
O início é na BR 277, em Piraquara. Para chegar até o cume, o trajeto leva mais ou menos duas horas. Lá de cima é possível ver a represa de Piraquara e a cidade de Curitiba.
Morro da Palha, Campo Magro
Siga pela PR-090 até o pé do morro. Este percurso já requer um preparo físico um pouco maior, mas não é tão demorado. São quase duas horas até ser concluído. A vista é linda e frequentemente há praticantes de parapente por lá, além de ciclistas. Tem lanchonete e estacionamento.
Morro do Cal, Campo Largo
A chegada é pela Rua Caetano Munhoz da Rocha, s/n – Ouro verde, Campo Largo. O percurso até o cume, que tem 1.120 metros de altitude, também é realizado em cerca de duas horas. O local é famoso pela vista do pôr-do-sol. Do topo, é possível ver os municípios de Curitiba e Campo Largo.
O local é indicado para praticantes de esportes como hiking, trekking, paraglider e montanhismo.
Capivari Mirim, Campina Grande do Sul
O Capivari Mirim é outro morro perto de Curitiba e de fácil acesso que oferece vistas lindas tanto da represa do Capivari quanto da Serra do Ibitiraquire, incluindo o Pico Paraná. O início é por Campina Grande do Sul.
É uma subida constante, totalmente exposta ao sol e escorregadia. Portanto, comece cedo, leve ao menos dois litros de água e não esqueça do protetor solar e chapéu ou boné.
Parque Estadual Pico do Marumbi (Piraquara, Quatro Barras e Morretes, na serra)
Este é para os fortes. Começa na Estação Marumbi, em Morretes. São cerca de 14 km (ida e volta) e o tempo de percurso pode variar de 5 a 8 horas. No coração da Serra do Mar, o Parque Estadual do Marumbi revela as belezas da Mata Atlântica. Além das trilhas, há cachoeiras e opções de escaladas em paredes rochosas, com diversos níveis de dificuldade.
Com 2,3 mil hectares, o parque foi criado em 1990 e é um dos principais atrativos turísticos do Paraná. O acesso ao parque só é possível por trem ou a pé.
Dicas para quem quer começar
- Tenha cuidado e respeite seus limites. Se informe sobre o trajeto antes de começar (grau de dificuldade da trilha, tempo de percurso para ida e volta, necessidade de equipamentos específicos)
- Use roupas e calçados adequados, protetor solar e repelente
- Não esqueça de se hidratar
- Não faça trilhas sozinho e informe-se sobre o trajeto. Use um GPS ou um aplicativo de GPS para trilhas no celular
- Grupos tornam o passeio mais divertido e seguro
- Itens de segurança: água, lanche, lanterna, pilhas reservas, apito, celular carregado e agasalho e/ou cobertor de alumínio de emergência
- Use roupas e sapatos adequados
- Preserve a mata. Não desmate nem abra vegetação
- Nunca deixe lixo na natureza