O Papa, de 85 anos, disse a repórteres no sábado em sua viagem para casa do norte do Canadá que sua recente viagem de seis dias foi um “teste” para saúde dele. Ele reconheceu que pode ter que desacelerar como resultado da tensão em seus ligamentos, o que o levou a usar auxiliares de caminhada e uma cadeira de rodas durante a viagem.
“Acho que na minha idade e com essas limitações, tenho que economizar [minha energia] para poder servir à igreja, ou pelo contrário, pensar na possibilidade de me afastar”, disse ele, de acordo com o que foi relatado à Australian Broadcasting Corporation.
Após os repórteres lhe perguntaram se ele considerava renunciar antes, o papa disse que não, mas disse que a “porta estava aberta” para tal possibilidade, informou a ABC. “Não é estranho. Não é uma catástrofe”, disse o Papa Francisco a repórteres. “Pode trocar de Papa.” Informações dor portal Insider.
A viagem do Papa Francisco ao Canadá começou em Alberta e terminou em Nunavut. Uma parte significativa de sua viagem envolveu abordar o envolvimento da igreja no legado do Canadá de usar internatos para doutrinar crianças indígenas.
No final do século 19 e grande parte do século 20, instituições religiosas, incluindo a Igreja Católica, administravam escolas que levavam crianças das Primeiras Nações de suas casas e as despojavam de sua cultura e idioma. Milhares de crianças foram encontradas enterradas perto dos terrenos dessas escolas.
Kelsey Vlamis e Morgan Keith, da Insider, relataram anteriormente sobre os internatos americanos criados de forma semelhante para “matar” a cultura nativa americana.
Enquanto falava com repórteres no avião papal, o Papa Francisco disse a repórteres que os programas do internato eram “genocídio”.
As comunidades indígenas e o governo canadense criticaram as desculpas anteriores do papa, dizendo que não foram suficientemente longe ao nomear a Igreja Católica como responsável direta pelos abusos cometidos nos internatos, informou a NPR.
