Uma nova onda de infecções pela Covid-19 parece estar ganhando terreno no Brasil com a variante da Ômicron, a BA.5, mas as hospitalizações permanecem em níveis baixos, retornando praticamente aos números do período onde a gripe imperava.
Os postos de saúde de Curitiba estão cheios, mas muitos doentes estão evitando consultas médicas porque não se sentem miseráveis, com dores no corpo, coriza, dor de garganta e febre.
A contagem dos casos é cada vez mais sem sentido, dadas as mudanças nos padrões de testes.
Segundo o portal Barons, nos EUA houve um crescimento de casos, em torno de 10%, segundo o New York Times, a média de contaminados detectados pelos testes de PCR alcançara 17% na última semana e vem subindo nos últimos dias.
A taxa de positividade na América foi em janeiro de 2022, 29%.
Um rastreador separado do Centro de Recursos de Coronavírus da Universidade Johns Hopkins tem a taxa de positividade nos EUA em 21,8%; a taxa de positividade desse rastreador atingiu 26,9% durante a onda de janeiro de 2022.
Isso sugere que um grande número de casos positivos nas hospitalizações, no entanto, permanece baixo, em comparação com pontos anteriores da pandemia.
No Brasil o número de infecções diárias subiu para aproximadamente 60 mil.
O aumento na positividade do teste ocorre em meio à rápida disseminação da variante BA.5. Entre outras razões de preocupação, BA.5 parece ser capaz de evitar a imunidade natural induzida pela infecção com subvariantes anteriores de Ômicron.
De acordo com uma estimativa dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, BA.5 e uma variante semelhante, BA.4, representam mais da metade das infecções por Covid-19 nos EUA na semana que terminou em 25 de junho. provavelmente mais alto agora.
As taxas de positividade foram maiores em partes do país onde BA.4 e BA.5 são mais prevalentes. O CDC estima que as duas variantes representaram cerca de 60% dos casos naquela semana em uma região que inclui o Texas; a taxa de positividade do teste nesse estado é de 28%, bem acima da média dos EUA.
A atual pandemia provou ser impossível de prever com precisão, mas uma onda BA.5 que traz um aumento acentuado nas infecções, mas nenhum aumento significativo nas hospitalizações, pode ser um sinal da forma da pandemia que está por vir: ondas disruptivas repetidas causadas por novas variantes, mas um alívio gradual da carga de hospitalização de cada onda. Isso depende de novas variantes não emergentes que são mais propensas a causar doenças mais graves do que a variante atual, o que não é garantido.
A chegada rápida de BA.5, no entanto, levanta novas questões sobre a campanha de vacinação. Na semana passada, a Food and Drug Administration pediu aos fabricantes de vacinas que produzissem reforços para o outono que visam especificamente BA.4 e BA.5, além da versão original do vírus. Os fabricantes, principalmente a Moderna (ticker: MRNA), pressionaram a FDA a solicitar vacinas visando uma variante anterior, BA.1. Ao escolher BA.4 e BA.5, a FDA parecia procurar ficar à frente do vírus.