Um satélite fez um retorno descontrolado à Terra na quarta-feira, reentrando na atmosfera sobre o norte do Oceano Pacífico entre o Alasca e o Havaí, de acordo com a Agência Espacial Europeia.
A agência relatou que o ERS-2, cujo peso equivale aproximadamente ao de um rinoceronte macho adulto, atravessou a atmosfera às 17h17 UTC. A agência não pôde prever exatamente quando e onde o satélite reentraria porque seu retorno foi “natural”.
O que significa um retorno natural?
As baterias do ERS-2 estavam descarregadas e sua antena de comunicação e eletrônicos embarcados estavam desligados, o que significava que não havia como controlar ativamente o movimento do satélite do solo durante sua descida, explicou a Agência Espacial Europeia. O último combustível do ERS-2 foi usado em 2011 para minimizar o risco de uma explosão catastrófica capaz de gerar uma grande quantidade de detritos espaciais.
Há perigo com o retorno do satélite ERS-2?
A maior parte do satélite queimou ao reentrar na atmosfera da Terra. Nenhum dos fragmentos conterá substâncias tóxicas ou radioativas.
A agência espacial ainda não informou quantos pedaços do satélite sobreviveram ao retorno, mas observou que quaisquer pedaços estariam “espalhados de forma um tanto aleatória ao longo de uma trilha no solo com uma média de centenas de quilômetros de comprimento e algumas dezenas de quilômetros de largura”.
A agência espacial acrescentou que o risco anual de uma pessoa ser ferida por detritos espaciais é inferior a 1 em 100 bilhões, ou 65.000 vezes menor do que o risco de ser atingido por um raio.
O que o ERS-2 estava fazendo no espaço?
O satélite foi lançado no dia 21 de abril de 1995, como uma nave espacial de observação da Terra. Foi usado para coletar dados sobre as superfícies terrestres, oceanos e calotas polares da Terra. O ERS-2 também foi utilizado para monitorar desastres naturais, como enchentes severas e terremotos.
Sua missão chegou ao fim em 2011, quando a Agência Espacial Europeia iniciou o processo de desorbitação do satélite. Isso ajuda a evitar colisões em órbita e reduz a criação de detritos espaciais.
O combustível restante do ERS-2 foi utilizado durante a desorbitação, e a altitude média do satélite também foi reduzida.