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APP esquece ações de Roberto Requião contra a categoria e se aproxima do PT

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O jornalista Fernando Tupan, do Blog do Tupan, conta que o sindicato dos professores sofreu quando o atual candidato do PT foi governador, entre os anos de 2003 a 2010, Roberto Requião passou quase oito anos no Palácio Iguaçu e trabalhou contra o salário mínimo dos professores e na época, o então presidente da APP-Sindicato, o atual deputado estadual do Partido dos Trabalhadores, deputado estadual Professor Lemos, chegou a romper com o governador depois de uma série de ameaças, mas hoje parece ter sido apenas um teatro mal feito, pois os canastrões apareceram trocando gentilezas, em diversas cidades onde foram apresentar as candidaturas de ambos, tudo por um projeto para a esquerda recuperar o poder.

Agora, muitos professores se perguntam, se Roberto Requião menosprezou por tantos anos os professores, porque a APP-Sindicato se submete a vexame histórico e desrespeita a memória da categoria no Paraná?

Em um grupo de WhatsApp, um participante disse que a atual direção da APP-Sindicato parece existir para defender os interesses dos professores, mas sinaliza, como muitos desconfiam, estar ao lado de interesses eleitoreiros e políticos, particularmente os de esquerda.

A julgar pelas últimos ações, a segunda opção responde o questionamento.

Difícil entender a proximidade da APP com Roberto Requião, que o digam os ex-dirigentes Professora Marlei, atual secretaria jurídica da entidade, e o ex-presidente Hermes Leão, sempre ativos em reuniões do Partido dos Trabalhadores, como comprovam fotos nas redes sociais.

Seja como prefeito de Curitiba ou como governador do Paraná, o hoje petista sempre tratou os professores como inimigos públicos ou como se fossem retirar tudo do governo, mas não como formadores de uma geração pós ditadura.

Foi sob a administração de Roberto Requião na Prefeitura de Curitiba, em 1987, que os professores realizaram a maior paralisação da história, a “greve dos 40 dias”, como ficou conhecida.

Na época, a categoria reivindicava o pagamento de um piso como forma de recuperar o poder de compra deteriorado pelo Plano Cruzado, adotado em 1986.

Logo no primeiro dia da greve, o petista ameaçou os professores com a “imediata adoção de medidas administrativas disciplinares necessárias ao retorno da normalidade”.

No segundo dia de greve, Roberto Requião anunciou a demissão de professores em estágio probatório.

A medida que o movimento crescia, Requião determinou o corte de salário dos professores.

O tiro de misericórdia de Roberto Requião foi anunciar a demissão de 1,5 mil professores.

Já em 2006, quando governador, Requião mais uma vez se viu diante de uma nova paralisação.

Para vairar, Roberto Requião reagiu com fúria e com o autoritarismo de sempre: “Eu não aceito mais esse sindicato”, disparou em relação à APP-Sindicato.

O menosprezo de Roberto Requião à APP-Sindicato foi rebatido pelo presidente do sindicato, na época, o atual deputado estadual José Lemos, do PT, que acusou o então governador de não ter cumprido as promessas com os profissionais da educação.

“Requião só reconhece quem bajula o governo. Esta é a nona paralisação que fazemos desde o início do mandato dele e vamos fazer mais enquanto todas as reivindicações não forem cumpridas”, apontou Lemos.

Dois anos depois, em 2008, mais uma vez estava o petista, um apoiador doente pela candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a presidente da República, contra os professores.

O atual candidato do PT ao Palácio Iguaçu liderou no Brasil o movimento de governadores contra o pagamento do piso salarial dos professores de R$ 950, que só saiu quando o desafeto ex-governador Beto Richa (PSDB) assumiu.

Roberto Requião acionou o Supremo Tribunal Federal para impedir que professores paranaenses recebessem o valor mínimo.  

Esses três episódios revelam como Requião, quando esteve com o poder nas mãos, desvalorizou os professores e tratou a categoria como inimiga.

É incompreensível como a atual direção da APP-Sindicato se curva ao candidato do PT.

Ao se inclinar para Requião, o sindicato desrespeita a memória dos professores do Paraná, que por diversas vezes, se não foram agredidas, foram vítimas da violência psicológica, do autoritarismo e do menosprezo do defensor da Carta de Puebla.

A atual diretoria da APP-Sindicato precisa reforçar o compromisso com os professores, não com aquele que quando no poder só sacaneou, segurando salários, ameaçando de demissão 1,5 mil profissionais da educação e lutou com unhas e dentes contra a implantação do piso salarial dos professores.

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