Um vírus que está ressurgindo tem se alastrado mundialmente, e com isso traz preocupações. Estamos falando sobre a varíola dos macacos, uma doença pertencente à família da varíola, descoberta primeiramente em macacos e que até recentemente raramente havia sido encontrado fora da região central e oeste da Africa.
A Organização Mundial da Saúde declarou situação de emergência pública neste sábado indicando uma situação extraordinária que precisa ser resolvida o quanto antes. Mas como funciona a infecção e como podemos encontrar prevenções?
Em recente atualização do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), cerca de 13.300 casos haviam sido confirmados em 69 países. No Brasil foram confirmados aproximadamente 450 casos desde o início do monitoramento. A varíola já era conhecida por necessitar contato próximo prolongado ou físico (pele a pele), podendo ocorrer em ambientes variados como o contato social, relações sexuais e ambientes de assistência à saúde. A Varíola dos macacos ocorre principalmente nas primeiras duas situações.
Sintomas
Os primeiros sintomas da varíola dos macacos podem incluir:
– Bolhas e feridas na pele, que coçam e doem;
– Febre;
– Calafrios;
– Dor de Cabeça;
– Dor muscular;
– Cansaço excessivo;
– Dor nas costas.
Os sintomas costumam surgir cerca de 5 a 21 dias após o contato com o vírus, e duram entre 14 a 21 dias. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto e mucosa oral, espalhando-se depois para o resto do corpo e atingindo, principalmente, as extremidades, como a palma das mãos. Em alguns casos, pode também surgir bolhas e feridas na região genital.
Como nos prevenir?
Para previnir a varíola dos macacos devemos:
– Evitar o contato próximo com pessoas diagnosticadas com a doença;
– Evitar tocar nas bolhas ou entrar em contato com a roupa e objetos de uso pessoal que indicam contaminação;
– Desinfetar e lavar bem as mãos com água e sabão;
– Usar máscaras de proteção.
Também é possível contaminar-se através do consumo de carne infectada. Por isso é recomendado consumir carne bem cozida e evitar contato com animais silvestres, principalmente roedores.
Vacina para varíola dos macacos
A prevenção também poderá ser feita através da vacina. Segundo a OMS a vacinação em massa não é possível ainda, já que não existe quantidade suficiente para toda população.
Atualmente as vacinas aprovadas nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Europa são:
- Ynneos/ Imvamune/ Imvanex, que é indicada em 2 doses, com intervalo de 4 semanas entre as doses. Essa vacina também pode ser administradas 4 dias após o contato com o vírus, sendo nesses casos recomendada apenas 1 dose. Além disso, caso a vacina seja administrada 5 a 14 dias após a infecção, é possível reduzir os sintomas, mas não evitar o desenvolvimento da doença;
- ACAM2000, que é indicada em dose única, não sendo recomendada para pessoas que possuem o sistema imunológico mais fraco, dermatite atópica, eczema, doenças cardíacas e nos olhos, além de também não ser indicado para mulheres grávidas.
Essas vacinas no entanto são recomendadas apenas à quem corre risco de exposição ao vírus.
O quão preocupante é a varíola dos macacos?
Especialistas concordam que é preocupante, porém não tão quanto a Covid-19 e diferentemente desta ainda não temos um grande número de mortes no Brasil e no mundo.