Em 2025, o Brasil assumirá a presidência do Brics, um bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que recentemente incluiu Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia. Esta será a segunda vez que o Brasil sedia a cúpula, sendo a primeira há 15 anos.
O encontro de cúpula do Brics, programado para acontecer no Brasil em 2025, teve sua identidade visual divulgada. O projeto de comunicação visual destaca a majestosa árvore amazônica Samaúma como elemento central. Essa árvore, que pode alcançar até 60 metros de altura e 2 metros de diâmetro, é conhecida por apelidos como Escada do Céu, Mãe das Árvores e Guardiã da Floresta. Em termos científicos, a Samaúma é chamada de Ceiba pentandra.
Segundo o governo federal, a escolha da Samaúma para representar o Brics 2025 reflete os valores do grupo. A capacidade dessa árvore de retirar água de grandes profundidades mesmo em períodos de seca e compartilhá-la com outras plantas simboliza a cooperação e o desenvolvimento mútuo. Além disso, suas raízes expostas, chamadas de sapopemas, são tradicionalmente utilizadas para comunicação na floresta, emitindo sons que reverberam por longas distâncias quando golpeadas, evocando conexão e diálogo.
Brics: Origem e evolução
O termo Brics surgiu de um acrônimo criado em 2001 por Jim O’Neil, então economista-chefe do Goldman Sachs. Inicialmente como “Bric”, fazia referência a economias emergentes com alto potencial de crescimento. Apenas em 2006, Brasil, Rússia, Índia e China formalizaram o grupo durante a 61ª Assembleia Geral da ONU. A inclusão da África do Sul em 2010 transformou o bloco no atual Brics.
Em 2014, o bloco consolidou sua integração com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), anunciado na cúpula realizada em Fortaleza. Fundada em 2015, a instituição tem como foco financiar projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros. Em seus oito anos de existência, o NDB aprovou US$ 33 bilhões para mais de 100 projetos.
Além disso, o Brics instituiu um fundo de reservas de US$ 100 bilhões para assegurar a estabilidade financeira de seus membros em tempos de crise, funcionando como um mecanismo de socorro em situações emergenciais.
(Com Agência Brasil)