A Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral do Paraná são conhecidos por sua exuberância natural, com extensas áreas verdes e remanescentes da Mata Atlântica. No entanto, entre as belezas naturais, também se destacam ruínas de antigas construções e imóveis abandonados, que frequentemente alimentam mitos e lendas sobre seus passados misteriosos. Um exemplo intrigante é o “Casarão da Ilha”, situado próximo ao Iate Clube em uma ilha ao longo do Rio Nhundiaquara.
Este imóvel tem sido o centro de diversas especulações. A lenda mais popular sugere que o casarão teria funcionado como um cassino clandestino durante anos, enquanto outros acreditam que o local serviu como um retiro religioso para uma seita secreta. A presença de uma imagem de Nossa Senhora dos Navegantes logo na entrada da ilha, além de imagens de Jesus e santos católicos esculpidas em madeira espalhadas pelas varandas e interior da mansão, contribui para esse ar enigmático.
No entanto, a verdadeira história do Casarão da Ilha é bem diferente. A mansão foi construída por um coronel do Exército, já falecido, como um local de lazer para sua família e amigos. Com três andares, um terraço, oito quartos e mais de dez banheiros, o imóvel foi projetado para oferecer conforto e espaço para eventos sociais, além de servir como base para uma criação de búfalos.
Embora o coronel tivesse a ideia de, futuramente, transformar o local em um cassino, sua saúde deteriorou-se antes que pudesse concretizar esse plano. Após sua doença, a família decidiu vender a mansão. No entanto, o comprador não cumpriu com o pagamento acordado, resultando em uma longa e complexa disputa judicial. Assim, o casarão, que deveria ter sido um símbolo de lazer e prosperidade, acabou se tornando um enigma envolto em lendas e mistérios.