Com a chegada das festas de fim de ano e o aumento nas viagens, os casos de covid-19 estão em acensão pelo país. Os especialistas alertam para uma possível “transmissão silenciosa” durante o período de celebrações.
Esse termo, “silenciosa”, é usado porque a alta segue um recente período de baixa atividade do vírus, o que fez com que muitas pessoas desconheçam que os níveis da doença subiram drasticamente nas últimas duas semanas. Como consequência, muitas pessoas podem não perceber que o risco de infecção está aumentando e não realizar testes, mesmo ao apresentar sintomas leves. Isso pode contribuir para a disseminação do vírus em encontros familiares, viagens e outros eventos sociais.
Alta em indicadores de monitoramento
Até 14 de dezembro, os níveis de SARS-CoV-2 em águas residuais eram considerados “altos” ou “muito altos”.
O que estamos vendo é que muitas pessoas podem adoecer nas próximas semanas sem perceber. Geralmente, as pessoas só notam uma onda quando elas ou pessoas próximas adoecem.
Embora os dados atuais ainda não indiquem uma grande onda nacional, esta é a décima onda de Covid-19 desde o início da pandemia em 2020. O impacto exato desta nova onda, que começou mais tarde que as anteriores, ainda é incerto. “Estamos em um período de alto risco, com muitas interações em ambientes fechados, o que pode acelerar a transmissão.
Evidências de transmissão crescente
Embora os níveis de Covid em águas residuais sejam mais baixos do que no mesmo período do ano passado, houve um aumento nas últimas semanas, indicando que os casos devem continuar subindo. O teste de positividade para covid-19 também aumentou para 5,6%, enquanto as visitas a emergências e mortes relacionadas estão em leve alta.
Os especialistas apontam que o atraso no início da onda atual pode criar uma falsa sensação de segurança. Normalmente, as infecções começavam a aumentar em novembro, mas neste ano os números permaneceram baixos até dezembro.
Transmissão durante as festas
O início tardio desta onda coincide com o período de viagens e reuniões festivas, o que pode favorecer a transmissão silenciosa. Segundo as estimativas, uma em cada 64 pessoas está atualmente infecciosa, com cerca de 750 mil novas infecções diárias em crescimento.
As variantes atuais, como XEC, são altamente transmissíveis e causam infecções mais leves, muitas vezes confundidas com resfriados.
Principais sintomas em 2024
Os sintomas das variantes predominantes, XEC e KP.3.1.1, são semelhantes aos de subvariantes anteriores da ômicron e incluem:
- Dor de garganta
- Congestão nasal
- Coriza
- Tosse
- Fadiga
- Dores no corpo e cabeça
- Febre ou calafrios
- Náusea ou perda de apetite
Mesmo infecções leves podem deixar os infectados debilitados por dias. Pessoas com mais de 65 anos, condições médicas subjacentes ou imunocomprometidas estão em maior risco de casos graves e de desenvolver Covid longa.
Medidas de prevenção
Com o aumento dos casos, as recomendações são:
- Testar ao apresentar sintomas ou após exposição.
- Ficar em casa se estiver doente.
- Usar máscaras em locais de alto risco.
- Praticar distanciamento social.
A conscientização e precaução podem ajudar a conter a transmissão durante este período de festas.
