O tabagismo traz sérias ameaças à saúde, especialmente para gestantes, já que o consumo de tabaco pode prejudicar o desenvolvimento do feto. Além disso, recém-nascidos, crianças, adolescentes e jovens expostos ao fumo passivo em ambientes onde adultos fumam também correm maior risco de desenvolver problemas de saúde e iniciar o uso de tabaco no futuro.Em 2023, um total de 12.880 pessoas procurou tratamento para abandonar o vício em tabaco no Paraná, e até abril de 2024, 3.672 pessoas já buscaram ajuda. No Paraná, 1.040 estabelecimentos de saúde, localizados em 319 municípios, oferecem suporte para quem deseja parar de fumar. A maioria desses serviços é encontrada nas Unidades Básicas de Saúde.O tratamento padrão dura 12 meses, período em que são feitas avaliação, intervenção e manutenção da abstinência, conduzidas por equipes multidisciplinares de saúde. O programa também disponibiliza adesivos de nicotina, cloridrato de bupropiona e goma de mascar de nicotina para pacientes que precisam de apoio medicamentoso.Em 2023, 15.248 pessoas participaram do programa, cujo objetivo é alterar a percepção dos participantes sobre o vício e ajudá-los a superá-lo. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, a última realizada sobre o tema, 14,6% dos paranaenses com mais de 18 anos ainda utilizam produtos derivados do tabaco, como cigarros, charutos, cigarrilhas, cachimbos, cigarros de cravo, narguilé, fumo para mascar ou rapé.A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o tabagismo seja responsável por 71% das mortes por câncer de pulmão, 42% das doenças respiratórias crônicas e cerca de 10% das doenças cardiovasculares. Além disso, o fumo também é um fator de risco para doenças transmissíveis, como a tuberculose.