Este foi um ano e tanto, cheio de descobertas inusitadas, teorias surpreendentes e muitos mistérios desvendados.
Em certos casos, análises de DNA antigo (aDNA) preencheram lacunas de conhecimento e desafiaram o que era tido como verdadeiro. Um exemplo marcante foi a pesquisa com DNA que reconfigurou a compreensão do sítio arqueológico de Pompeia, soterrado por cinzas desde a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. Estudos mostraram que ossos antes atribuídos a uma mãe e o filho dela revelaram ser de um homem adulto consolando uma criança nos momentos finais.
Desvendando o desconhecido
Análises de esmalte dentário, tártaro e colágeno ósseo lançaram luz sobre o “Homem de Vittrup”, um migrante da Idade da Pedra que morreu há 5.200 anos em um pântano na Dinamarca. Ele passou de pescador-caçador no norte da Escandinávia a fazendeiro no sul, até ser morto violentamente entre os 30 e 40 anos. Pesquisadores sugerem que ele pode ter sido sacrificado ou uma vítima de circunstâncias fatais.
Saga nórdica e o “homem do poço”
Pesquisadores identificaram os restos de um esqueleto encontrado em 1938 no poço de um castelo na Noruega como sendo do período descrito pela Saga de Sverre. Genética revelou que ele não era local, mas fazia parte do exército invasor, cujo corpo foi jogado no poço em 1197 para envenenar a água.
O “príncipe perdido”
Novas análises genéticas encerraram o mistério de Kaspar Hauser, um jovem encontrado sem identidade em Nuremberg, em 1828. Dados de DNA mitocondrial provaram que ele não tinha ligação com a realeza de Baden, desfazendo o mito de que seria um príncipe sequestrado.
A saúde de Beethoven
Os cabelos do compositor Ludwig van Beethoven indicaram altos níveis de chumbo, provavelmente decorrentes de uma dieta e vinho contaminados, além de vestígios de arsênico e mercúrio. As descobertas ajudam a entender as condições de saúde que moldaram a vida e a obra do compositor.
Mentes brilhantes do passado
Tycho Brahe, astrônomo dinamarquês, teve fragmentos de sua obra alquímica analisados, revelando substâncias como tungstênio, nunca documentado até então. Paralelamente, desenhos de manchas solares feitos por Johannes Kepler em 1607 ajudaram cientistas a decifrar o ciclo solar durante o Mínimo de Maunder, período de atividade solar anormal entre 1645 e 1715.
Estas descobertas mostram como a ciência moderna continua a iluminar o passado, conectando a história e a ciência em um fascinante mosaico de descobertas.