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Coqueluche ameaça vida de crianças e adolescentes no Paraná

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Os casos confirmados de coqueluche no Paraná subiram 86% nos últimos 30 dias, passando de 537 para 1.000 registros e a doença que afeta principalmente crianças e adolescentes pode ser fatal caso não seja tratada adequadamente. Em comparação com julho, quando havia 102 notificações, o aumento chega a 880%.

O aumento da infecção ligou o sinal de alerta no Paraná, enquanto em 2023, no mesmo período, foram contabilizados 11 casos e nenhuma morte no estado. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, mostra que no Paraná em 2019, ocorreram 101 casos de coqueluche, 26 em 2020, nove em 2021, cinco em 2022 e 17 em 2022.

Conforme o último boletim da Sesa, dos 1.000 casos confirmados, 353 ocorrem entre jovens de 12 a 19 anos, e 110 em menores de um ano. Embora a incidência seja maior nessas faixas etárias, o grupo entre 30 e 49 anos também apresenta um número significativo, com 183 diagnósticos.

De acordo com a diretora de Atenção de Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, alguns fatores explicam esse aumento. “Existe uma ciclicidade na circulação dessa bactéria. Durante a pandemia houve uma postergação, com poucos casos, mas agora, associado à menor cobertura vacinal e ao aumento da sensibilidade da vigilância epidemiológica e laboratorial, os casos estão mais evidentes”, disse.

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos. 

TRANSMISSÃO – A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.

Os sintomas inicialmente são parecidos com os de um resfriado, com febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca que evoluem para crises de tosse mais intensa.

 A vacinação é a melhor forma de prevenção e deve ser realizada nos primeiros meses de vida, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, com a vacina pentavalente. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Atualmente as coberturas vacinais estão em 90,40% e 90,43%, respectivamente.

A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesa promove várias ações no monitoramento da doença. Existe uma busca ativa de gestantes e puérperas para imunização com dTpa e de crianças para atualização do esquema vacinal.

A recomendação da Sesa é que gestantes e profissionais da saúde também recebam o imunizante. De forma excepcional, trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de 4 anos devem receber a dose para maior proteção e prevenção.

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