A romancista dos livros “Âncora Vermelha”, “Yeosu”, “O Fruto da Minha Mulher”, “Suas Mãos Frias”, “Veado Negro”, “O Vento Está Soprando” e “Aulas de Grego”, a coreana Hang Kang, nascida em 1970, na cidade de Gwangju, no sudoeste do país, venceu o Prêmio Nobel de literatura.
Filha do romancista Han Seung-won, Hang Kang se formou na Universidade de Yonsei, com especialização em língua e literatura coreana, começou na poesia em 1993 e trabalhou como repórter em uma revista cultural onde aprimorou a escrita.
O talento dela floresceu quando lançou o livro de contos “Âncora Vermelha”, vencedor de um concurso literário do jornal Seoul Shinmun e decolou na literatura produzindo vários sucessos.
Hang Kang também flertou com poesia, ficção e literatura infantil, publicando poesias, “I Put the Evening in the Drawer” (Eu coloquei a noite na gaveta), e livros infantis, como “My Name is Sunflower” (Meu nome é Girassol) e “Tear Box” (Caixa de Lágrimas).
Em 2016, a fama chegou com o Prêmio Internacional Man Booker de ficção por “The Vegetarian” (O Vegetariano). A história foi escrita em capítulos na revista trimestral “Creation and Criticism” (Criação e Crítica) e foi publicada como um livro na Coreia em 2007.
Entre 2007 a 2018, Hang Kang se dedicou a academia, ensinou escrita de ficção para aspirantes a escritores no Instituto de Artes de Seul.
O trabalho mais recente de Han Kang é “We Do Not Part” (Nós não nos separamos), de 2021, retrata a tragédia de um massacre civil na ilha de Jeju, no sul da Coreia do Sul, em 1948, da perspectiva de três mulheres.
O romance lhe rendeu o prêmio Prix Medicis de literatura estrangeira, no ano passado, e o Prêmio Emile Guimet de Literatura Asiática, em março deste ano.
A definição da arte de Han Kang é sombria e fria, flerta com a escuridão e as feridas do país natal, a Coreia do Sul, o girassol ainda não floresceu para histórias brilhantes e quentes.