Mesmo que os casos de Covid-19 continuem caindo em todo os Estados Unidos, o chefe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças diz que o coronavírus provavelmente veio para ficar – e que pode se comportar de maneira semelhante à gripe. A informação é do portal da televisão americana NBC.
“Eu prevejo que este provavelmente será um vírus sazonal”, disse a diretora do CDC, Dra. Rochelle Walensky, à NBC News. Isso significa que pode se juntar à gripe e outros vírus respiratórios que tendem a se espalhar durante os meses frios do inverno.
Os EUA têm uma média de 49.569 novos casos de Covid-19 por dia, de acordo com uma contagem da NBC News, uma queda de mais de 54% nas últimas duas semanas. As mortes relacionadas a a doença também estão caindo, agora com uma média de 1.533 por dia, uma redução de cerca de um terço nas últimas duas semanas.
Apesar das tendências positivas da Covid-19, as autoridades do CDC dizem que é cada vez mais provável que o vírus nunca desapareça verdadeiramente, em vez disso, fervendo em níveis baixos e aumentando durante os meses de inverno.
“Este vírus provavelmente continuará a circular em nossa sociedade, em nosso país, em todo o mundo nos próximos anos”, disse o Dr. Henry Walke, diretor do Centro de Preparação e Resposta do CDC. “Os próximos seis meses, o próximo ano, realmente nos informarão em termos de como será viver com esse vírus”.
Mas, acrescentou, ele espera que o aumento mais recente, impulsionado pela variante Ômicron extremamente contagiosa, seja “o último grande aumento real do SARS-CoV-2”.
Enquanto o CDC diz que 90% dos americanos podem tirar suas máscaras neste momento, Walensky não pode garantir que as máscaras desaparecerão para sempre. Isso significa que as máscaras podem um dia voltar.
“Eu diria para colocar suas máscaras em uma gaveta, antecipar que você pode precisar delas novamente e espero que não precisemos”, disse ela.
“Podemos querer ser mais vigilantes durante algumas temporadas”, disse Walensky. “Talvez durante a temporada respiratória, se as coisas aumentassem, gostaríamos de colocar nossas máscaras novamente para proteger tanto da gripe quanto da Covid-19 e de todas as outras doenças respiratórias”.
Também não está claro se os americanos precisarão de doses adicionais de reforço contra a Covid-19 no próximo ano, disse ela.
A variante Ômicron continua a ser a cepa dominante do vírus detectada nos EUA, atualmente respondendo por mais de 99% dos novos casos.
Mas o CDC está procurando ativamente novas variantes, analisando dezenas de milhares de sequências genômicas a cada semana. Neste momento, a agência diz que não vê evidências de novas variantes no horizonte.
Ainda assim, Walke disse que espera ver variantes adicionais surgirem em algum momento no futuro.
“Esse vírus nos surpreendeu de novo e de novo e de novo”, disse ele. “Não sabemos o que o futuro reserva.”
Mas, acrescentou Walke, se uma nova variante aparecer novamente, o país estará em melhor posição para reagir rapidamente testando-a e reformulando vacinas, se necessário.
