Nesta segunda-feira (09), Curitiba enfrentou o pior índice de qualidade do ar já registrado, conforme revelado pelo Lab AIR, laboratório da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde 2008, o Lab AIR monitora a poluição atmosférica na cidade e em sua região metropolitana.
Os dados mais recentes indicam que a concentração de partículas poluentes no ar está pelo menos dez vezes superior ao nível considerado seguro. Esse aumento alarmante é atribuído às queimadas nas regiões da Amazônia e do Pantanal, que têm exacerbado a poluição em Curitiba.
O Climatempo prevê que a visível fumaça no céu da cidade só começará a dissipar com o aumento das chuvas. A atual combinação de longa estiagem, baixa umidade e temperaturas incomuns para a época do ano está gerando uma das piores crises de queimadas florestais no Paraná. O Corpo de Bombeiros registrou mais de 10 mil focos de incêndio no Estado entre janeiro e agosto deste ano. “Os índices estão no nível máximo”, observa Reinaldo Kneib, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
Diante da gravidade da situação, o governador Carlos Massa Ratinho Junior declarou estado de emergência devido à seca. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) está elaborando uma resolução técnica para mitigar os impactos da estiagem no Paraná. “Estamos adotando medidas urgentes para enfrentar essa crise”, destaca Everton Souza, secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável.
