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Defesa Civil inicia 2022 com ações distintas: estiagem e alagamentos

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Os últimos dois anos a chuva virou artigo de luxo no Paraná e pela vez aconteceu racionamento de água prolongado na capital, 649 dias, desde março de 2020, o que levou o governo de Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) a adotar políticas públicas que contemplassem não apenas atendimentos a emergências devido a estiagem, mas também a alagamentos.

Com a estiagem prolongada e a falta de água em várias regiões do Paraná, levaram diversos municípios a registrar ocorrências e laudos relatando efeitos sobre a população.

Foi necessária uma ação combinada entre governo estadual e municípios para auxiliar o processo de atendimento aos paranaenses.

O Governo do Estado decretou situação de emergência em virtude da situação. O Decreto 10.002/2021 inclui 69 municípios castigados pela seca e outros 48 municípios também estão em processo para a decretação de situação de emergência.

Levantamento feito pela Defesa Civil, com base nas informações enviadas pelos municípios, aponta que 229 mil pessoas estão sendo afetadas pela situação em todo o Estado, com prejuízos bilionários na agricultura, pecuária e no abastecimento de água potável. Com o Decreto de Situação de Emergência, será possível agilizar a transferência de recursos.

Segundo informações do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, a perda prevista decorrente da prolongada situação de estiagem chega a R$ 25 bilhões.

INCÊNDIO FLORESTAL – Um exemplo de dano colateral da estiagem prolongada aconteceu em Quedas do Iguaçu, onde uma grande área de proteção ambiental foi afetada por um incêndio florestal de grandes proporções.

O incêndio que se propagava desde o final de dezembro foi combatido pelo Corpo de Bombeiros e pela Brigada Comunitária de Quedas do Iguaçu, e teve o acompanhamento da Defesa Civil Estadual, que apoiou na articulação das ações de resposta, assim como na parte documental do incidente.

O coordenador Estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Raimundo Schunig, e o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, estiveram na região para acompanhar as ações de resposta.

Ao todo, o incêndio chegou a atingir 3.160 hectares de mata, 52 hectares de área de reflorestamento e 20 hectares de plantações. Várias espécies animais e vegetais foram afetadas. Quatro residências também foram queimadas.

ALAGAMENTOS  No outro extremo, no dia 6 de janeiro fortes chuvas atingiram o Litoral, somando mais de 100 milímetros em alguns pontos. Elas ocasionaram diversos alagamentos em Matinhos. Imóveis e veículos foram danificados por causa do acúmulo de água.

As equipes da Defesa Civil Estadual mobilizadas no Litoral auxiliaram nas ações de resposta e gestão do incidente, orientando a defesa civil municipal sobre as ações e procedimentos a serem realizados. Ao menos oito pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas por causa dos alagamentos.

Nesta quarta-feira (19), a Defesa Civil Estadual fez a entrega de materiais de ajuda humanitária que auxiliaram as pessoas afetadas a se recomporem dos efeitos das chuvas em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba.

Na tarde de segunda, o município foi afetado por chuvas torrenciais que causaram enxurradas em diversos bairros. A contabilização da Defesa Civil aponta 500 pessoas impactadas e 200 residências danificadas. Nove pessoas ficaram desabrigadas e outras 100 desalojadas.

Os problemas no município foram acompanhados desde a noite de segunda, quando os relatos sobre os problemas foram repassados à Defesa Civil Estadual. Uma equipe foi enviada para acompanhar os procedimentos de atendimento e as documentações relativas à emergência, de maneira a dar celeridade ao processo de ajuda pelo Estado.

PREVENÇÃO E CAPACITAÇÃO – Além das ações de reposta aos desastres no período, há equipes de técnicos da Defesa Civil Estadual que estão mobilizadas em ações do Verão Paraná para promover ações de capacitação, atualização e orientação às defesas civis municipais e população durante o período, especialmente em localidades que recebem turistas nesta época.

Ações como atualização do Plano de Contingência, capacitação de gestão de desastres, verificação de áreas de risco e orientações para a realização de planejamento e projetos foram feitos com as defesas civis dos municípios do Litoral e serão também realizadas, também, na Costa Oeste e região Noroeste do Estado.

Ainda foram desenvolvidas algumas atividades voltadas diretamente à população, como a apresentação da estrutura da Defesa Civil disponível para auxiliar na gestão de emergências. Uma delas é o Posto de Comando Móvel, que pode ser deslocado para os locais afetados e servir como ponto base para o monitoramento e gerenciamento da ocorrência diretamente na localidade.

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