O Portal 57 conta que o professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), do campus de Laranjeiras do Sul, na região centro-oeste do Paraná, o professor universitário Pedro Christóffoli, foi acusado de abusar de uma menina de nove anos, filha de um médico da cidade
Segundo a denúncia, o homem teria se aproximado dela enquanto dormia e praticado sexo oral – qual é considerado estupro de vulnerável. O professor seria Pedro Christóffoli, PHD da instituição e que está lotado na Universidade.
A denúncia partiu após relatos da menina aos pais, qual um deles é médico na cidade e que procurou as autoridades competentes. Um advogado renomado em Laranjeiras do Sul, teria divulgado uma mensagem em um grupo de causídicos no Whatsapp pedindo que a instituição federal tomasse providências e afastasse o professor dos seus quadros.
Segundo levantamento da capivara do professor universitário, há investigações contra Pedro Christóffoli em três Estados: Distrito Federal, Santa Catarina e Paraná.
No DF, em 2005, ele foi acusado de abusar a própria enteada.
A UFFS mesmo após a denúncia na imprensa de Laranjeiras do Sul não afastou o professor das atividades escolares, em nota oficial, se manifestou que até o momento não tinha sido notificada pela Justiça ou pelos órgãos policiais da denúncia, mas que se colocava à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento. A Universidade soltou uma nota:
A Universidade Federal da Fronteira Sul vem a público manifestar-se sobre as informações veiculadas em redes sociais e na imprensa acerca de um possível estupro de vulnerável, atribuído a um servidor público dessa Instituição. Em atenção à imprensa e à sociedade, esclarecemos que:
– A Universidade ainda não foi procurada ou notificada pelos órgãos competentes sobre o assunto, mas, desde já, está à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento;
– As investigações correm sob segredo de justiça, e a Universidade, enquanto órgão público, tem o dever de seguir os princípios legais e de sigilo, não sendo permitido à Instituição interferir na apuração e no julgamento dos fatos, que serão realizados nas instâncias competentes;
– Mesmo os fatos envolvendo a vida privada de um servidor público, caso as informações veiculadas se confirmem, a Universidade tomará as providências cabíveis no âmbito administrativo institucional;
– A Universidade repudia de forma veemente atos de violência que atentem contra os direitos humanos, sejam individuais ou coletivos, como esse atribuído ao servidor.”
O caso de Chistóffoli lembra muito o de outro militante de esquerda, Eduardo Gaieski, ex-assessor da Casa Civil da presidência durante o governo de Dilma Rousseff, foi condenado pelo juiz Sidnei Dal Moro, da Comarca de Realeza, do Paraná, a 11 anos de prisão em regime fechado por abuso de menores. Ele foi detido em 2013 e em 2021 recebeu outra condenação de 18 anos e um mês de prisão por apenas um dos 17 processos movidos contra ele. A condenação é pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro presumido e estupro qualificado.
A sentença foi expedida pela juíza Janaina Monique Zanellato Albino, da Comarca de Realeza. No total, Gaievski responde a 17 processos, dos quais apenas o primeiro já foi julgado. Pela denúncia do Ministério Público, as condenações, se somadas, podem chegar até aos 250 ou 300 anos de prisão.
Christóffoli investigado em CPI
Em 2005, durante a CPI da Terra, a comissão solicitou o indiciamento de Pedro Christóffoli, como ex-dirigente da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) por desvios de recursos públicos. A associação é ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
Leia a matéria da Agência Senado na íntegra:
“A aprovação do relatório paralelo apresentado na época pelo deputado federal Abelardo Lupion (PFL-PR) na CPI da Terra foi uma vitória da bancada ruralista – da qual o parlamentar é um dos líderes. Além de retirar qualquer menção ao envolvimento da União Democrática Ruralista (UDR) com a violência no campo, o documento recomenda o indiciamento de três pessoas ligadas ao MST e ainda propõe um projeto de lei que define a invasão de propriedades como “ato terrorista”.
Estas são algumas das recomendações do relatório ao Poder Executivo:
– Reestruturação do Banco da Terra.
– Efetivação do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais.
– Agilização do programa de legitimação de posses de famílias ocupantes de terras públicas com área de até cem hectares.
– Retomada das áreas públicas ocupadas irregularmente.
– Adoção de medidas, por parte do Ministério da Justiça, para que se garanta a segurança para todas as pessoas ameaçadas de morte em decorrência de conflitos por terra, sejam fazendeiros ou trabalhadores rurais.
– Nas regiões onde os conflitos agrários são mais intensos, aumento do efetivo da Polícia Federal, além do fortalecimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), com o objetivo de garantir o direito de propriedade.
Indiciamentos
O relatório aprovado sugere ao Ministério Público o indiciamento de José Trevisol, ex-dirigente da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca); Pedro Christóffoli, também ex-dirigente da Anca e Francisco Chiavon, dirigente da Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab). Os três são acusados de participar de desvios de verbas públicas e de apresentar prestações de contas fraudulentas em convênios firmados com a União
– A Anca, a Concrab e o Iterra (Instituto Técnico de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária) são os braços econômicos do MST -afirmou Lupion no relatório.
O documento elaborado pelo deputado também apresenta dois projetos de lei. Um deles classifica como crime hediondo os saques, as invasões e as depredações de propriedades realizadas com “fins políticos”. O outro define como “ato terrorista” a invasão de propriedade realizada “com o fim de pressionar o governo”.
– Estamos defendendo o direito à propriedade, que está na Constituição – argumentou.
Quanto ao relatório rejeitado, de autoria de deputado federal João Alfredo (PSOL-CE), Lupion disse que não o aceitava porque o documento responsabiliza os proprietários rurais pela violência no campo, apontando-os como criminosos, e prejudica produção agropecuária nacional.