A dieta mediterrânea — que valoriza frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais — foi novamente classificada como a melhor dieta do ano, ocupando o topo do ranking anual de melhores dietas.
A publicação, divulgada na sexta-feira, nomeou a dieta como a melhor dieta geral pelo oitavo ano consecutivo.
A dieta mediterrânea obteve a nota 4.8 de 5, com base na avaliação de vários fatores, como completude nutricional, riscos e benefícios à saúde, sustentabilidade a longo prazo e eficácia baseada em evidências.
Ela também conquistou a primeira posição em 11 categorias adicionais no ranking anual da publicação, incluindo facilidade de seguimento, saúde intestinal, perda de peso e saúde mental.
A dieta DASH, que foca em alimentos integrais e baixo teor de sódio, ficou em segundo lugar na lista das melhores dietas, seguida pela dieta Flexitariana, MIND e Mayo. Todas as cinco primeiras dietas adotam uma filosofia baseada em plantas, minimizando o consumo de carnes vermelhas, alimentos processados, gorduras inflamatórias, alimentos ricos em açúcar e bebidas açucaradas, em vez de impor regras rígidas ou banir grupos alimentares inteiros.
Se você está interessado em começar a dieta mediterrânea, aqui está o que você precisa saber.
O que é a dieta mediterrânea?
A dieta mediterrânea não é uma única forma de alimentação, mas um termo amplo usado para descrever os hábitos alimentares populares nos países que cercam o Mar Mediterrâneo, como Itália, Grécia, Marrocos, Espanha e Líbano.
Esse estilo de alimentação foca na qualidade dos alimentos consumidos, em vez de se concentrar em um único nutriente ou grupo alimentar.
Especialistas em nutrição afirmam que não existe uma dieta que funcione para todos. Algumas dietas podem ser mais benéficas dependendo das suas circunstâncias, enquanto outras podem ser prejudiciais dependendo de condições de saúde. Quem considera mudar seus hábitos alimentares deve consultar um médico.
Quais tipos de alimentos são consumidos na dieta mediterrânea?
De forma geral, a dieta é predominantemente baseada em plantas e foca em gorduras saudáveis.
As gorduras saudáveis enfatizadas na dieta mediterrânea incluem azeite de oliva extra virgem, abacates, nozes, salmão e sardinhas.
Todos os tipos de vegetais e frutas são incentivados, assim como fontes de proteína não derivadas de carne, como feijão e outras leguminosas.
O consumo de peixe é recomendado pelo menos duas vezes por semana, enquanto outras proteínas animais, como aves, ovos, queijos e iogurtes, devem ser consumidas em porções menores. O consumo de carne vermelha deve ser limitado a algumas vezes por mês.
A principal fonte de hidratação deve ser a água.
Algum alimento é proibido?
Não, a dieta mediterrânea não elimina completamente nenhum alimento ou grupo alimentar.
No entanto, é recomendado limitar o consumo de alimentos como manteiga, alimentos processados como refeições congeladas e doces, e grãos refinados e óleos. Frutas são incentivadas como sobremesa, ao invés de doces açucarados.
Especialistas descrevem a dieta como deixando “pouco espaço para as gorduras saturadas, açúcares adicionados e sódio que inundam a dieta americana padrão.”
Quais são os benefícios à saúde?
Pessoas que seguem a dieta no estilo mediterrâneo tendem a ter uma vida mais longa, relatam melhor qualidade de vida e são menos propensas a sofrer de doenças crônicas como câncer e doenças cardíacas.
Em um estudo com mais de 60.000 pessoas, aquelas que seguiram a dieta mediterrânea mais de perto apresentaram menor risco de demência, independentemente do risco genético.
A dieta mediterrânea pode “desempenhar um papel importante” na prevenção de doenças cardíacas e derrames, além de reduzir fatores de risco como diabetes, colesterol alto e pressão arterial elevada. Consumir azeite de oliva virgem, em particular, pode ajudar o corpo a “remover o excesso de colesterol das artérias e manter os vasos sanguíneos abertos.”
Pesquisas também indicam que a dieta mediterrânea pode ajudar a manter um peso saudável, melhorar a saúde cerebral, aumentar a longevidade, apoiar a saúde intestinal e reduzir o risco de certos tipos de câncer.