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quinta-feira, novembro 21, 2024
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Forças policiais anunciam ações estratégicas de segurança em Londrina

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Ontem foi realizada uma coletiva de imprensa, no gabinete do prefeito Marcelo Belinati, para divulgar as ações de segurança que estão sendo realizadas e as que estão previstas em Londrina. Além do prefeito, participaram o delegado chefe da 10ª Subdivisão Policial (SDP), Amarantino Ribeiro Gonçalves Neto; o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Marcos Tordoro; o comandante do 30º BPM, Élio Boing; o secretário municipal de Defesa Social, coronel Pedro Ramos; e o vereador Eduardo Tominaga, líder do Executivo na Câmara Municipal.

As ações divulgadas partem do Gabinete de Gestão Integrada Municipal de Londrina, que reúne diversas forças de segurança na cidade. Antes da coletiva de imprensa, os representantes das forças policiais haviam se reunido na noite de quarta feira, com o prefeito Marcelo Belinati, com o objetivo de discutir os caminhos para garantir segurança e proteção aos londrinenses.

O principal tema debatido na coletiva foi a segurança nas escolas. Foram elencadas as estratégias para coibir atos de violência nas unidades de ensino, tanto nas escolas e creches municipais, quanto nas estaduais e particulares. A cidade de Londrina conta com 381 unidades escolares. Neste sentido, uma das novidades anunciadas pelo prefeito Marcelo Belinati é a compra de 1.100 câmeras de segurança, que serão instaladas nas escolas municipais. Atualmente, há 200 câmeras nas unidades escolares do Município.

Segundo o prefeito, a compra das 1.100 câmeras de segurança está em fase de licitação, com previsão de que os equipamentos estejam em funcionamento no início do ano letivo de 2024. “Este é um trabalho que se soma ao que está sendo feito pela Polícia Militar e Guarda Municipal. No caso das escolas municipais, que trabalham com crianças menores, a violência não acontece por parte de um aluno, como geralmente acontece nas escolas de ensino médio, e sim por uma pessoa de fora que adentra a unidade. Então, as câmeras são muito importantes e foram sugeridas por esta equipe de segurança, pelas características das escolas com crianças menores”, disse.

O prefeito também lembrou que o efetivo da Guarda Municipal faz rondas diárias nas unidades escolares municipais, assim como os policiais militares fazem nas escolas estaduais. “O efetivo da guarda faz a ronda de acordo com os protocolos estabelecidos pelas equipes de segurança. Todas as ações de segurança que fazemos em Londrina são apontadas pelos especialistas que entendem do assunto, ou seja, as polícias militar e civil, e o comando da Guarda Municipal. Uma outra ação que vamos implementar é a contratação de inspetores escolares, na rede municipal, e eles vão contribuir muito para a segurança nas escolas”, destacou.

O coronel Pedro Ramos, secretário municipal de Defesa Social, elencou algumas ações que estão sendo feitas no sentido de evitar que o agressor adentre a escola e cometa o crime. “Adotamos medidas no entorno da escola, como blitz, abordagem policial, presença do guarda e do policial militar na porta da escola. São medidas muito positivas e que têm trazidos bons resultados. O ingresso do inspetor também será muito favorável, porque ele será um agente de integração dentro da unidade escolar, que vai interagir com a comunidade escolar, as crianças e com as forças de segurança. Ele estará com um olhar voltado para fora da escola e, caso o agressor passe pelas barreiras de segurança primárias e entre na escola, este inspetor passará informação para a polícia e até mesmo poderá fazer uma intervenção imediata, até a chegada das forças de segurança”, apontou.

O delegado chefe da 10ª SDP, Amarantino Ribeiro Gonçalves Neto, disse que não é possível afirmar se, no Brasil, a presença de um agente armado no interior de instituições de ensino resolveria ou amenizaria o problema. “Há um aumento nos casos de violência nas escolas no Brasil, este ano tivemos seis ataques, no ano passado dez, e em 2021 foram três. Isso é novo para o Brasil e por isso não há estudos específicos, como existem nos Estados Unidos. Nos EUA, por exemplo, estudos indicam que quando há um profissional de segurança armado na escola, a unidade tem três vezes mais chance de ser atacada do que outra que não tem profissional armado. O que podemos afirmar é que a solução não é apenas colocar uma pessoa armada na escola, ou seja, é preciso que haja outras ações em conjunto, como ouvir os professores, os alunos, e tratar daqueles que apresentam distúrbio psicológico”, afirmou.

O delegado defende ações de curto, médio e longo prazo. Para ele, uma solução positiva é a criação de um comitê interno nas escolas, voltado à segurança. “É um comitê para ouvir a comunidade escolar e isso é muito importante, porque os estudos apontam que, em 81% dos casos, o agressor ativo contou para pelo menos uma pessoa que iria cometer o crime. E, em 59% dos casos, ele contou para duas pessoas ou mais. Dessa forma, os alunos que perceberem um comportamento diferente do colega poderão se sentir seguros para fazer a denúncia para o comitê, é será mais fácil agir na prevenção”, frisou.

O comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Marcos Tordoro, enfatizou que as ações de segurança estão acontecendo em toda a cidade. “No caso das escolas, há a presença constante dos agentes de segurança nas imediações, bem como o patrulhamento, contato com o público escolar e treinamento nas escolas estudais. A Polícia Militar também trabalha muito com as demandas que chegam diretamente da população”, reforçou.

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