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Governo do Paraná procura dimensionar os impactos econômicos da guerra na Ucrânia

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A instabilidade econômica é uma realidade em todos os países desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, representantes do governo do Paraná, da indústria e do setor produtivo estiveram reunidos para discutir as consequências e impactos diretos à economia do Estado com a guerra iniciada há 15 dias.

O impacto direto nas relações comerciais entre os países envolvidos e o Paraná foi discutido com o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, e o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Noberto Ortigara, o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, Wilson Bley Lipski e o diretor-geral da Casa Civil, Luciano Borges, com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Walter Martins e o superintendente do Sistema Ocepar, Nelson Costa.

Para Ortega, é essencial que governo e setores trabalhem juntos na busca de recursos que possam mitigar os impactos da guerra no Estado. “A iniciativa do governo do Paraná para atrair soluções conjuntas aos setores reforça o protagonismo do Estado e a disposição do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) na gestão de crises. Estamos diante de um momento histórico, com impactos que ainda não podemos dimensionar em sua totalidade, mas que certamente pedem medidas conjuntas e assertivas, no sentido de encontrar os meios necessários de superação”, afirmou o secretário.

As relações econômicas e comerciais entre Paraná, Rússia e Ucrânia são extensas e o fechamento de portos do Leste Europeu, assim como as sanções da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), atingem os principais indicadores econômicos que interferem diretamente nos preços do barril do petróleo, nas commodities, nos insumos agrícolas e outros setores.

As atividades econômicas devem sofrer impactos em diversas frentes, como o aumento na taxa de juros, a falta de insumos e a desvalorização do câmbio.

À frente da pasta da Agricultura, Norberto Ortigara apresentou o cenário do agronegócio no Estado, que já vem enfrentado a crise da estiagem desde de 2019. Um relatório atualizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, estima prejuízo prévio de R$ 25,6 bilhões na safra de grãos do Paraná em 2021/22 em razão da crise hídrica que atinge o Estado de forma severa.

“A falta de insumos agrícolas, principalmente do setor de fertilizantes, tende a agravar a situação do agronegócio. É fundamental que neste momento estejamos alinhados em buscas das alternativas práticas e viáveis para socorrer o setor”, explicou.

Os reflexos da crise também preocupam os empresários paranaenses. O setor industrial deve sentir diretamente o aumento nos preços do ferro, alumínio e cobre. Os fretes devem sofrer uma alta impulsionada pela recente disparada do preço do barril de petróleo. No campo, a preocupação é com os insumos e as exportações agrícolas.

“Tenho certeza que encontraremos soluções. Vamos olhar para todos os setores envolvidos em busca de alternativas imediatas que devem se estender a toda a população paranaense”, arrematou Ortega.

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