A mortalidade por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas permanece elevada devido à alta circulação do vírus sincicial respiratório (VSR), conforme aponta o boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O relatório destaca que, nas últimas oito semanas, a mortalidade por SRAG foi semelhante entre crianças de zero a dois anos e idosos. No entanto, entre os mais velhos, as mortes estão mais associadas ao vírus da gripe, influenza A e covid-19.
Seis estados, incluindo Amapá, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Roraima e São Paulo, apresentam aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em uma tendência de longo prazo. Em algumas regiões do Centro-Sul, observa-se estabilização ou interrupção no crescimento dos casos de VSR e influenza A.
A análise indica que os casos de influenza, VSR e rinovírus permanecem altos na maioria dos estados do Sudeste, como Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Alguns estados do Norte também mostram um aumento contínuo dos casos de VSR e rinovírus em crianças pequenas.
Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, destaca que há uma queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas) nos casos de SRAG a nível nacional.
“A redução da Síndrome Respiratória Grave nacionalmente é atribuída à queda ou interrupção no crescimento dos casos de SRAG por vírus respiratório e influenza A em muitos estados”, afirma a pesquisadora, enfatizando a importância da vacinação contra a covid-19 no país.
A Covid-19 tem se mantido em patamares baixos quando comparada com seu histórico de circulação. Porém, o vírus tem sido a principal causa de internação por SRAG entre os idosos do Amazonas, Ceará e Piauí nas últimas semanas.
Também alguns estados do Norte e Nordeste têm apresentado uma ligeira atividade da Covid-19, com o aparecimento de outras cepas.