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terça-feira, novembro 5, 2024
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Gripe ou Covid-19? Os cuidados com a Flurona

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A crescente confirmação de casos de gripe pela Influenza H3N2 no Paraná tem gerado preocupações e dúvidas, sobretudo devido ao aumento da procura nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de pessoas com sintomas respiratórios que recebeu a denominação de Flurona. Esse quadro é intensificado, também, devido às profundas semelhanças entre os sintomas da Covid-19.

Atualmente, a transmissão da Influenza H3N2 é considerada comunitária, isto é, ocorre entre pessoas do mesmo território e com indivíduos sem histórico de viagens, o que torna impossível definir a origem da transmissão do vírus. Com relação à Covid-19, festas de final e início de ano, avanço da variante ômicron e crescimento de novos casos em vários países indicam o início de um período mais complicado da circulação da doença neste início de 2022.

“O aumento da procura pelos serviços de saúde de pessoas com sintomas gripais tem chamado a atenção, principalmente pelo momento em que estão acontecendo, nesta época mais quente do ano. Comumente, esses casos tendem a ser observados no período de outono e inverno, mas, diante do atual diagnóstico, é esperado que o número siga aumentando nos próximos dias. Por isso, estamos unindo esforços não apenas pela vacinação, mas também pela conscientização da população sobre os cuidados a serem tomados”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Embora os sintomas entre Covid-19 e Influenza possam ser considerados essencialmente idênticos, é possível notar diferenças entre a intensidade dos casos, que podem ser classificados como Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

No caso de Síndrome Gripal (SG), o indivíduo apresenta quadro respiratório agudo, caracterizado por febre, dor de cabeça, tosse, coriza, congestão nasal, dores musculares, distúrbios olfativos ou gustativos, fadiga, vômitos e diarreia. Já na Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o indivíduo já possui SG, mas também pode apresentar desconforto respiratório, pressão ou dor persistente no tórax, saturação menor que 95% em ar ambiente e coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto.

Os cuidados preventivos da gripe também compartilham similaridade com a maioria das doenças transmitidas por vias respiratórias. Entre as principais orientações estão: uso correto de máscara, distanciamento social, manter ambientes ventilados com livre circulação de ar, higienização das mãos e evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas respiratórios.

“Os cuidados não farmacológicos são uma medida de responsabilidade social que ajudam no combate da pandemia da Covid-19 e que também possuem validade para a prevenção da gripe. A vacinação é outro ponto central e temos imunizantes para ambas. A quem ainda não se vacinou, seja de Covid-19 ou de Influenza, pedimos para que se encaminhe ao ponto de atendimento mais próximo e o faça o quanto antes. É possível tomar as duas vacinas no mesmo dia”, reforçou o secretário.

Ao notar a presença de sintomas, a Sesa orienta a população a buscar atendimento na unidade de saúde mais próxima e, em caso de confirmação, para que o paciente siga as indicações médicas. O período de transmissão é de um dia antes do aparecimento dos sintomas e até cinco a sete dias após adoecer. Também é recomendado à população geral, acima de seis meses de idade, que se imunize com a vacina da gripe.

“Esse aumento de casos é um reflexo também da baixa adesão da população à vacinação da gripe em 2021, que mesmo dentro da média nacional, foi de apenas 70%. Por isso, meu apelo é para que todos busquem a unidade de saúde mais próxima e se imunizem o quanto antes”, afirmou Beto Preto.

Segundo ele, com relação à Influenza, o uso do medicamento antiviral Oseltamivir (Tamiflu) tem se mostrado um recurso terapêutico de impacto na redução da gravidade dos casos. Disponibilizado em todas as Regionais de Saúde e com estoque abastecido, o medicamento é indicado, principalmente, para pacientes com Síndrome Gripal (SG) com fatores de risco ou com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

ESTOU COM SINTOMAS, E AGORA? – Segundo a Secretaria da Saúde, a orientação é buscar o diagnóstico, seja por teste com antígeno ou RT-PCR. Esses métodos também são indicados caso o cidadão teve contato com alguém que está com suspeita ou recebeu o diagnóstico de Covid-19 nos últimos 14 dias. Outras recomendações são isolamento individual e avisar os contatos próximos.

Com o diagnóstico, é importante monitorar os sintomas, principalmente para manifestações inesperadas, como febre alta, saturação baixa de oxigênio e diarreia. Hidratação do corpo é um cuidado que deve ser reforçado nesse período.

E o próximo passo é buscar a vacinação. O Paraná dispõe de 700 mil doses para a Influenza, distribuídas entre os municípios. A vacinação também é ofertada pela iniciativa privada, podendo ser aplicada em todas as pessoas acima de seis meses de idade. A orientação da Secretaria da Saúde é para que a população procure a disponibilidade da vacina na unidade de saúde mais próxima.

Em relação à Covid-19, todos os municípios estão abastecidos com doses e estão aplicando primeiras, segundas e doses de reforço, de acordo com as orientações do Plano Nacional de Imunizações. Assim que as vacinas para crianças de 5 a 11 anos chegarem ao Paraná, serão descentralizadas de maneira rápida para os municípios.

FATORES DE RISCO – São considerados fatores de risco doenças pulmonares crônicas (incluindo asma), cardiovasculares (excluindo hipertensão isolada), renais, hepáticas, neurológicas (que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração, como disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico – AVE ou doenças neuromusculares), hematológicas (incluindo anemia falciforme) ou metabólicas (incluindo diabetes mellitus).

Também é preciso cuidado redobrado com todas as crianças de seis meses e menores de cinco anos; pessoas com idade superior a 60 anos; adultos e crianças imunocomprometidas; gestantes e puérperas; crianças e adolescentes (com idades entre seis meses e 18 anos) que estão recebendo medicamentos contendo aspirina ou salicilato e que podem estar em risco de desenvolver a síndrome de Reye após a infecção pelo vírus da Influenza; residentes de lares de idosos e outras instituições de cuidados de longo prazo; povos indígenas, população privada de liberdade e pessoas extremamente obesas.

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