Um senhor foi ao pronto-socorro sentindo dores na região do joelho depois de cair de bunda no chão. Durante a duradoura consulta, ele relatou também estar sentindo dores estranhas na região pélvica.
Os médicos investigaram cuidadosamente, mas não havia sinais de inchaço na próstata ou quaisquer secreções fora do normal. Pediram que fossem feito exames de raio-X da pelve, talvez tivesse fraturado. Quando vieram os resultaram, uma coisa chamou a atenção dos médicos, um osso estava crescendo num lugar um tanto quanto inusitado. Crescia um osso na genitália do paciente.
Pesquisando nos bancos de dados, diagnosticaram o sujeito com a rara doença de ossificação peniana, uma condição em que uma estrutura óssea se forma dentro do pênis devido ao acúmulo de sais de cálcio nos tecidos moles do órgão.
O paciente não conseguia acreditar no que estava acontecendo, recusou os exames complementares e o tratamento, que envolvia medicamentos tópicos, injeções ou analgésicos orais. Também ofereceram terapia por ondas de choque para fragmentar o acúmulo ósseo, mas cá entre nós, você acha que ele, rejeitando as outras formas de tratamento, aceitou eletrocutirem o quinto membro dele?
Menos de 40 casos de ossificação peniana foram documentados na literatura científica. Apesar de rara, a condição tem sido frequentemente associada à doença de Peyronie.
Esse distúrbio pode afetar qualquer pessoa com pênis, embora seja mais comum entre os 40 e 70 anos. A doença de Peyronie provoca inflamação nos tecidos conjuntivos do pênis, levando ao acúmulo de tecido cicatricial. Isso pode causar disfunção erétil, ereções dolorosas ou, dependendo do local das cicatrizes, resultar em um pênis com formato de bumerangue ou no encurtamento dele durante a ereção. Existe até chance de acabar com formato de uma ampulheta.
Os médicos suspeitaram que a doença de Peyronie contribuiu para a condição do paciente, mas outros fatores também poderiam ter levado ao crescimento ósseo peculiar, como doença renal em estágio avançado, anomalias metabólicas, traumas repetidos no pênis ou inflamação crônica. Contudo, como o paciente saiu vazado do hospital contra orientação médica e não quis fazer mais exame algum ou retornou para consultas de acompanhamento, a causa exata da ossificação permanece um mistério.