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I.A. está levando o mundo à crise de energia

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Na semana passada houve um apagão no Brasil e a causa pode ter sido uma variação de pico

O custo de energia no Brasil e nos Estados Unidos são altos devido a demanda elevada de aparelhos eletrônicos, na América a situação é mais complicada por causa da inteligência artificial.

Uma parte da crescente demanda em solo brasileiro e americano deve-se à proliferação de data centers por todo o país, juntamente com o avanço da I.A.

Nos EUA, aproximadamente 2.700 data centers da nação, operados principalmente por gigantes da tecnologia como Google, Amazon, Microsoft, Meta e Apple, consumiram mais de 4% de toda a eletricidade dos EUA em 2022, no Brasil não há dados das agências reguladoras.

Segundo o Instituto de Pesquisa de Energia Elétrica dos Estados Unidos, uma organização sem fins lucrativos focada, não afiliada a nenhuma empresa ou tipo de tecnologia, projeta-se que esse consumo mais que dobre, chegando a 9% até 2030.

Essa demanda já está sobrecarregando elétrica americana, e as exigências da IA estão somente começando a crescer. Uma consulta ao ChatGPT, por exemplo, consome quase 10 vezes mais eletricidade do que uma pesquisa típica na internet.

Especialistas apontam que o sistema precisa ser repensado para evitar um colapso no futuro. O Brasil e os Estados Unidos irão precisar buscar recursos energéticos renováveis para manter as máquinas de alto consumo das empresas de IA.

De acordo com a McKinsey & Co., um único data center pode usar tanta energia quanto 80.000 residências. Peterson Corio reconhece que será um desafio tornar esse nível de consumo de eletricidade sustentável. “Ao olharmos para a próxima década, essas demandas continuam crescendo, e o verdadeiro desafio é tentar descobrir como podemos fazer isso de uma maneira que atenda nossos objetivos climáticos”, ela disse.

As emissões do Google que contribuem para o aquecimento global aumentaram 13% no ano passado e saltaram quase 50% desde 2019, segundo a empresa. O Google investiu pesadamente em energia eólica e solar e afirma que 64% das operações de IA funcionam com energia limpa.

Quando o sol não está brilhando e o vento não está soprando, os data centers ainda dependem de combustíveis fósseis que contribuem para as mudanças climáticas, deixando as grandes empresas de tecnologia correndo para trazer mais energia limpa para a rede.

Tim Latimer, CEO da Fervo Energy, que está se associando ao Google para impulsionar a energia geotérmica, afirma: “Podemos desenvolver grandes projetos que farão a diferença”.

A energia geotérmica representa menos de 1% da eletricidade nos EUA, de acordo com o Departamento de Energia. A Fervo quer mudar isso. Latimer disse que a empresa acredita que a energia geotérmica pode representar até 20% da rede elétrica dos EUA.

O Google planeja usar a energia geotérmica da Fervo para ajudar a operar seus data centers em Nevada e, eventualmente, outros ao redor do mundo, com o objetivo de eliminar o uso de carvão e gás até 2030.

“Precisamos de algo que inspire confiabilidade, que funcione 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem interrupções, para nos levar até lá”, concluiu Latimer.

E no Brasil?

Um estudo da IBM de 2022 afirmava que 41% das empresas implementaram uso ativo dessa tecnologia, e 73% dos profissionais de TI são absolutamente dependentes desta ferramenta. Há também uma expectativa de que cresça 38% do uso dela na área da saúde até 2027.

Com estes dados pode-se concluir que estamos percorrendo um trajeto muito semelhante ao dos norte-americanos e, com esta dependência pela I.A, o futuro provará oportuno para aqueles que conseguirem inovar na sua utilização e àqueles que puderem prover soluções ao alto consumo de energia que ela trará.

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