A reforma trabalhista de 2017 está ameaçada. Em entrevistas recentes, o
ex-presidente Lula, pré-candidato do PT à presidência da República já
anunciou que pretende revogá-la. Por isso, o deputado federal Paulo
Eduardo Martins (PSC-PR) faz um alerta: “O imposto sindical, que caiu
com a reforma, vai voltar caso o PT volte ao poder. Pior para o
trabalhador, pior para o Brasil. Bom para os partidos de esquerda, que
vão retomar boa fonte de aparelhamento e renda”.
O parlamentar do Paraná é o autor da proposta que acabou com o imposto sindical. A medida garantiu ao trabalhador o direito de decidir se quer pagar ou não uma taxa mensal do seu salário para o sindicato. Antes do projeto de Martins, mesmo que o funcionário não concordasse, ele era obrigado a dar parte do seu vencimento ao sindicato da sua categoria.
Paulo Eduardo Martins faz questão de ressaltar que, ao contrário do
discurso sindical, a reforma trabalhista preservou todos os direitos
constitucionais. E destaca que, com o fim do imposto obrigatório pago
pelos trabalhadores aos sindicatos, a fonte secou. Por isso, essas
entidades tentam ressucitá-lo a todo custo. No último ano do imposto
sindical, as contribuições compulsórias dos trabalhadores renderam quase
R$ 4 bilhões aos sindicatos. “Falam que é em defesa do trabalhador, mas
é só grana pra fazer negócios e política mesmo. É parte fundamental da
sustentação da esquerda”.