Anatalicio Risden Junior*
Símbolo representativo da integração entre Brasil e Paraguai, a Itaipu Binacional comemora neste 17 de maio seu aniversário de 48 anos. Em 1974, a empresa era criada para gerenciar uma obra de proporções inéditas e surpreendentes, resultado de vitórias no âmbito diplomático, jurídico, financeiro e de engenharia. Atualmente, a usina que mais gerou energia limpa e renovável no planeta encontra-se diante de novos desafios, que já se apresentam à atual gestão.
Para fazer frente a esses desafios, foram disseminadas internamente algumas diretrizes para o aprimoramento de gestão, fruto da troca de experiência com CEOs de outras empresas, tendo sido validadas pelos conselheiros e diretores brasileiros de Itaipu.
Tais diretrizes estão fundamentadas em algumas ideias força, que traduzem a missão conferida à Itaipu Binacional pelo presidente Jair Bolsonaro a partir de janeiro de 2022. São elas: a proatividade, a meritocracia, a gestão racional com austeridade, a imagem institucional e a binacionalidade.
Adicionalmente, o aniversário de Itaipu ocorre em um momento chave para a empresa. Em 29 de abril, iniciou-se o maior e mais complexo plano de atualização tecnológica da história da usina, com investimentos da ordem de US$ 649 milhões ao longo de mais de uma década. Sendo assim, com a proximidade dos 50 anos, vamos fechar um ciclo histórico, que enche de orgulho brasileiros e paraguaios, e abrir outro, preparando a usina para o futuro.
Itaipu deverá estar pronta para as transformações no mercado de energia, que tende a ficar mais complexo e competitivo e, também para lidar com a transição energética, a descarbonização, a introdução de tecnologias disruptivas e a demanda crescente por fontes de energia limpa e renovável, sempre presentes nos debates públicos.
Nesse sentido, é impossível dissociar o desenvolvimento econômico e a geração de energia da preservação do meio ambiente. Para isso, a Itaipu tem feito a sua parte – e não apenas contribuindo para que o Brasil tenha uma das matrizes energéticas mais limpas e renováveis do planeta, com base na hidreletricidade, mas também por meio de ações concretas, como o plantio de 24 milhões de árvores nas áreas de proteção da margem brasileira do reservatório, ao longo de sua história.
Corroborando com a nossa preocupação com a preservação do meio ambiente, um estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, de 2017, apontou Itaipu como a principal responsável pela regeneração de áreas florestais no Paraná dos últimos 30 anos.
Considerando as duas margens (Brasil e Paraguai), são mais de cem mil hectares de florestas sob os cuidados de Itaipu. Esse imenso território verde foi reconhecido pela Unesco, em 2019, como área núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, dentro do programa Homem e Biosfera.
Ademais, sob a orientação do Governo Federal, convênios e patrocínios não aderentes à nossa missão institucional deixaram de ser firmados e os custos operacionais tiveram uma redução significativa, permitindo à empresa investir em projetos estruturantes para o desenvolvimento do Brasil, sem onerar a tarifa de energia para o consumidor.
Obras como a Ponte da Integração Brasil–Paraguai, a Perimetral Leste e a ampliação do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu fortalecerão os negócios, o turismo, a infraestrutura, e tornarão esta região do Paraná mais atrativa para novos investimentos.
Por fim, neste momento em que a nossa Itaipu Binacional completa 48 anos de existência, é com a mesma dedicação dos pioneiros e os olhos voltados para o futuro que a líder mundial em produção de energia prepara-se para os novos tempos, sem perder de vista a sua missão institucional: gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai.
Parabéns, Itaipu Binacional, orgulho brasileiro e paraguaio!
*Anatalicio Risden Junior é diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional