Na próxima terça-feira, 11 de fevereiro, o Tribunal do Júri de Curitiba dará início ao julgamento de um policial penal acusado de assassinar um guarda municipal durante uma festa de aniversário em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, tendo como tema o presidente de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O crime, ocorrido em 9 de julho de 2022, teve como cenário as comemorações dos 50 anos da vítima, cujo tema era um dos candidatos às eleições presidenciais daquele ano. Segundo as investigações, o réu, que não tinha qualquer vínculo com os convidados nem havia sido convidado para o evento, disparou contra o aniversariante após uma discussão motivada por divergências políticas.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) sustentará a tese de homicídio duplamente qualificado, alegando que o crime foi cometido por motivo fútil, devido à discordância política, e em condições de perigo comum, já que o acusado efetuou os tiros em um local com várias pessoas presentes, colocando-as em risco. A denúncia foi formalizada em 20 de julho de 2022, após investigações conduzidas pelo Núcleo de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a 13ª Promotoria de Justiça da comarca.
O julgamento foi transferido para a capital paranaense após decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, que acatou um pedido de desaforamento feito pela defesa do réu. A mudança de local foi justificada pela necessidade de garantir um processo imparcial, considerando a repercussão do caso na região onde o crime ocorreu.
A acusação será conduzida pelos promotores da 7ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida, que atuarão na apresentação das provas e argumentos durante o júri. O caso tem gerado amplo debate sobre violência política e segurança pública, refletindo tensões que marcaram o período eleitoral de 2022.
