Você já ouviu falar da matéria escura, aquela substância misteriosa que a maioria dos físicos agora acredita compor a maior parte do universo — mesmo que continue completamente indetectável, exceto por seus efeitos gravitacionais na matéria comum?
Não faltam teorias mirabolantes sobre o material hipotético: que ela está escondida dentro de uma dimensão extra, que se originou em um segundo Big Bang, que é a própria informação, ou até mesmo que não existe de forma alguma.
Agora, como observado pelo astrofísico e jornalista científico Paul Sutter, um novo artigo oferece mais uma explicação exótica: A matéria escura reside em um universo espelhado deformado dentro do nosso, onde os átomos não conseguiram se formar.
Como Sutter explica, a pesquisa se baseia em um par de coincidências intrigantes. Primeiro, observações sugerem que há uma quantidade aproximadamente comparável de matéria comum e matéria escura (um pouco inclinada para a matéria escura, que se acredita superar a matéria convencional em cerca de cinco vezes). Segundo, nêutrons e prótons têm praticamente a mesma massa, permitindo que eles formem átomos estáveis — uma propriedade afortunada, porque caso contrário, nosso universo não seria o lar de nenhum dos adoráveis átomos que compõem coisas como estrelas, planetas e nós mesmos.
Basicamente, a teoria sugere que talvez haja um universo sombrio ao nosso, no qual nêutrons e prótons não têm essa simetria conveniente na massa, o que significa que tudo é uma triste sopa de partículas subatômicas que não interagem muito, explicando por que a matéria escura não parece se aglomerar muito.
Importante notar: o artigo ainda não passou por revisão por pares, e é apenas mais uma teoria entre muitas lutando para desvendar os mistérios da matéria escura, um desconhecido irritante e persistente na nossa compreensão do universo.