A mini espaçonave da NASA, chamada CAPSTONE, recentemente completou sua 100ª órbita ao redor da Lua em uma órbita quase retilínea halo (NRHO). A NASA concedeu uma extensão de missão para a CAPSTONE, que já está operando em sua NRHO há mais de 670 dias terrestres. Agora, a missão está financiada até dezembro de 2025.
CAPSTONE — sigla para Cislunar Autonomous Positioning System Technology Operations and Navigation Experiment — é um cubesat do tamanho de um forno micro-ondas, pesando 25 quilos.
Inteligência avançada
Lançada em junho de 2022 por um foguete Electron da Rocket Lab, na Nova Zelândia, a CAPSTONE é de propriedade e operada pela Advanced Space, uma empresa com sede em Westminster, Colorado.
A extensão da missão permitirá a continuação de experimentos do Sistema de Posicionamento Autônomo Cislunar (CAPS) e a demonstração de software de inteligência artificial e aprendizado de máquina para detecção de anomalias, dados de navegação e manobras autônomas.
A NRHO será o local da futura estação espacial lunar Gateway da NASA, que apoiará a exploração humana de longo prazo na Lua, permitindo que tripulações acessem o polo sul lunar — uma prioridade no programa Artemis da agência.
Colaboração
Bradley Cheetham, presidente e CEO da Advanced Space, declarou: “Em cinco anos, a CAPSTONE passou de uma ideia brilhante de uma pequena empresa para uma missão que ultrapassa suas expectativas iniciais”.
A extensão da missão também promove a colaboração com a equipe da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA, em Maryland. Esse esforço conjunto está sendo realizado por meio de um Acordo de Ato Espacial recentemente estendido, permitindo a coleta de dados entre as duas espaçonaves quando apropriado.
A Advanced Space também trabalhará com parceiros de operações espaciais na Tyvak Nano-Satellite Systems (uma empresa da Terran Orbital Corporation) e continua como proprietária e operadora da CAPSTONE para a NASA, além de ser a contratante principal do projeto Oracle do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, que visa desenvolver capacidades de monitoramento do espaço cislunar.