No último sábado, dia 20, Érica Fernanda de Oliveira Pitanga faleceu. Ela foi vítima de um disparo pelo ex-marido, o cabo da Polícia Militar Moisés da Silva Santos, no início do mês, em Arapiraca (AL). Além de Érica, outro policial também perdeu a vida, sendo que o próprio cabo Moisés se suicidou em seguida.
Érica, de 25 anos, estava hospitalizada desde o dia 5 de abril, quando foi atingida por um tiro na cabeça. Ela estava sendo tratada no Hospital de Emergência do Agreste, mas infelizmente não resistiu e veio a falecer hoje, conforme informado pela Polícia Militar de Alagoas.
A vítima desenvolveu uma infecção pulmonar e precisou ser medicada com vasopressores devido à gravidade da situação, conforme relatado por familiares. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e posteriormente liberado para sepultamento.
O trágico incidente aconteceu no mesmo dia em que Érica ingressou com um pedido de divórcio na Justiça. Ela solicitou o reconhecimento e a dissolução do vínculo matrimonial com o cabo Moisés, de 31 anos, em um único ato oficial.
Antes do crime, o cabo Moisés comunicou a algumas pessoas que iria até a residência da ex-companheira para cometer o homicídio. Ainda não há informações sobre a motivação por trás do ataque, nem confirmação de que tenha sido uma reação ao pedido de separação.
Um soldado tentou intervir e também acabou perdendo a vida. Ao ser informado da ameaça, o soldado Eudson Felipe Cavalcante Moura, de 24 anos, lotado no mesmo 3º Batalhão da PM e que já havia participado de operações com Moisés, dirigiu-se à casa da vítima para tentar dissuadir o colega de cometer o crime. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que Moisés chega ao local em um carro branco e é abordado por Eudson.
O cabo atirou no soldado a queima-roupa após uma breve conversa que durou menos de um minuto, resultando na morte instantânea do colega.
Posteriormente, Moisés invadiu a residência da ex-mulher e a alvejou com tiros, causando ferimentos leves em seu braço e cabeça. Em seguida, cometeu suicídio.
Eudson, além de policial militar, era estudante de direito na Uneal (Universidade Estadual de Alagoas). A instituição emitiu uma nota lamentando o ocorrido e descrevendo o universitário como uma pessoa inteligente, atenciosa e pacificadora.