Uma polêmica marcou a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) após a prisão de uma mulher por injúria racial. Seu advogado classificou a detenção como ilegal e arbitrária, argumentando que a ofensa foi dirigida a um homem branco.
Para a defesa, o enquadramento legal do caso estaria equivocado. O advogado sustenta que a injúria racial não pode ser aplicada a pessoas brancas, citando decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que, segundo ele, respaldam essa visão. Além disso, afirmou que “não existe racismo reverso” e garantiu que sua cliente será solta em breve.
O boletim de ocorrência detalha os acontecimentos da sessão. A mulher, que acompanhava os debates como visitante, teria insultado um assessor parlamentar do deputado Marcio Pacheco (PP) e outras pessoas presentes, dizendo que estavam “rindo igual macaco”.
Outro ponto levantado na denúncia envolve uma assessora negra do deputado Tito Barichello (União), que também teria sido alvo das ofensas. No encerramento da sessão, a suspeita reforçou os insultos ao assessor, afirmando que “macaco também ri”. Diante da situação, um deputado do União Brasil deu voz de prisão à mulher, que foi levada à delegacia pelo Gabinete Militar da Alep.
Toda a confusão ocorreu na segunda-feira (24), durante um debate sobre o efetivo da Polícia Militar do Paraná. O bate-boca envolveu os deputados Marcio Pacheco (PP), Renato Freitas (PT) e Ademar Traiano (PSD), presidente da comissão. O episódio foi transmitido ao vivo pela TV Assembleia.
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