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terça-feira, novembro 5, 2024
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NASA aposta em câmera de 36 pixels de satélite japonês

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O Telescópio Espacial James Webb da NASA está revolucionando a astronomia com suas fotos de alta resolução, principalmente em infravermelho, capturadas a uma distância de 1,5 milhão de quilômetros da Terra. Uma conquista impressionante. No entanto, a abordagem do mais recente instrumento da agência espacial é completamente diferente, realizando pesquisas espaciais inovadoras com apenas 36 pixels. Não é um erro de digitação – são realmente apenas 36 pixels, não 36 megapixels.

A Missão de Imagem e Espectroscopia de Raios-X (XRISM), desenvolvida em colaboração com a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), lançou seu satélite em órbita no ano passado e desde então tem explorado o cosmos em busca de respostas para algumas das questões mais complexas da ciência. Seu instrumento de imagem, Resolve, possui um sensor de imagem com apenas 36 pixels.

“O Resolve vai além de uma câmera comum. Seu detector mede a temperatura de cada raio-X que atinge, permitindo-nos analisar em detalhes sem precedentes as impressões químicas dos elementos presentes nas fontes estudadas”, explicou Brian Williams, cientista do projeto XRISM da NASA, no Goddard Space Flight Center.

Mesmo com um número limitado de pixels, o instrumento Resolve consegue detectar raios-X “suaves”, com energia aproximadamente 5.000 vezes maior do que os comprimentos de onda da luz visível. Seu foco principal é explorar regiões cósmicas extremamente quentes, estruturas massivas e objetos celestes gigantescos, como os buracos negros supermassivos. Cada pixel do Resolve é capaz de gerar um rico espectro de dados visuais que abrange uma ampla faixa de energia, de 400 a 12.000 elétrons-volts.

Além disso, o instrumento tem a capacidade de perceber os movimentos dos elementos dentro de um alvo, proporcionando uma visão tridimensional dos objetos estudados. Essa capacidade inovadora abre novas oportunidades para a exploração científica, como o estudo do fluxo de gás em aglomerados de galáxias e o rastreamento preciso dos movimentos de diversos elementos nos remanescentes de supernovas.

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