No segundo turno deste ano, a abstenção alcançou 29,3%, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse percentual é pouco inferior ao das eleições municipais de 2020 na pandemia, quando 29,5% dos eleitores se ausentaram na segunda rodada, marcando o maior índice desde 1996.
No primeiro turno deste ano, registrou-se uma leve diminuição das pessoas que não votaram em relação a 2020, interrompendo uma tendência crescente que vinha desde 2004. Atualmente, 21,7% dos eleitores aptos não compareceram às urnas, contra 23,1% em 2020.
Analisando apenas São Paulo, o índice de abstenção permaneceu praticamente inalterado, passando de 27,3% em 2020 para 27,34% neste pleito. Curiosamente, o número de eleitores que não votaram na cidade (2.548.857) é superior à soma dos votos recebidos pelos candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), que obtiveram 1.801.139 e 1.776.127 votos, respectivamente.
Em Curitiba, 432 mil dos mais de 1,4 milhão de eleitores não compareceram ao segundo turno, resultando em uma abstenção de 30,37%, em comparação a 27,74% no primeiro turno. Além disso, esse número supera os votos da candidata derrotada, Cristina Graeml (PMB), que recebeu pouco mais de 390 mil votos.