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O risco de perder mais um traço de Bellucci

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Angelo Rigon informa no Maringá News que entregue em 1962, a praça Napoleão Moreira da Silva (que teve parte alterada, na esquina com a rua Santos Dumont; seis bancos originais deram lugar a uma banca de jornais e revistas), o arquiteto José Augusto Bellucci foi contratado para outras obras na primeira administração João Paulino Vieira Filho.

Cerca de 4 anos depois de iniciada a construção da Catedral Bellucci fez a urbanização da praça Desembargador Euzébio Ferreira da Costa, retangular, defronte a Catedral, separada da praça Dom Pedro II, redonda, que ficava defronte o paço municipal. Said Ferreira depois juntou as duas e batizou a área de Centro de Convivência Comunitária Deputado Renato Celidônio, em homenagem a um dos políticos mais importantes que a cidade já teve (de grande influência no extinto Instituto Brasileiro do Café). Há uma pequena ágora, com uma espécie de tribuna para a manifestações populares, que fica defronte o Hotel Bandeirantes, geralmente pintada de verde.

Mesmo juntando as duas praças, Said manteve a urbanização desenhada por Bellucci: a principal delas tendo como ponto principal duas fileiras “de árvores de porte alto e esguio, abrindo a perspectiva para a catedral que estava em obras”, como registra artigo de Aníbal Verri em “Arquitetura e Cidade no Norte do Paraná”. As grandes palmeiras permanecem no local como o desenhado por Bellucci e poucos se dão conta de que elas formam a “sombra” da catedral, a igreja em perspectiva.

Extraoficialmente a Prefeitura de Maringá informou que as árvores do Centro de Convivência Comunitária Renato Celidônio serão preservadas, mas não é o que consta do desenho do projeto vencedor da licitação para o Eixo Monumental, feito por um escritório paulista. Nele, o triângulo de palmeiras some, e dá lugar a plantas em linha reta. O edital do Eixo Monumental de Maringá faz referência a “estimular a preservação do patrimônio paisagístico e urbanístico da cidade”.

Acima, o projeto vencedor da licitação para a construção do Eixo Monumental de Maringá, que exclui o renque de árvores que fazem a perspectiva da catedral. Abaixo, foto do início dos anos 70, mostrando a fileira de palmeiras, uma espécie de “sombra” da catedral ainda não concluída.

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