O vice-governador Darci Piana se reuniu nesta quarta-feira (1) com potenciais investidores internacionais e representantes de órgãos estaduais para apresentar as oportunidades de investimento no setor de infraestrutura do Estado. Participaram do encontro agências de investimentos como Bank of America, SPX Capital, 3G Radar, Navi Capital, Clave Capital e Miles Capital.
Um dos destaques foram os projetos de extensão da malha rodoviária e férrea do Estado, como a Nova Ferroeste, que prevê 1,5 mil quilômetros de linhas férreas entre o Mato Grosso do Sul e o Porto de Paranaguá, com conexões a Santa Catarina, e as novas concessões rodoviárias organizadas pelo governo federal, que têm como premissas principais, além da expansão da capacidade, transparência, investimentos em obras, maior segurança dos usuários e tarifas mais baixas.
Além disso, foram apresentados os números das companhias de energia e saneamento do Estado, Copel e Sanepar, as oportunidades de investimento nessas áreas e o constante trabalho que é desenvolvido, por ambas, para manutenção do elevado padrão de qualidade pelo qual são conhecidas, além do compromisso ambiental. Informações do portal Agência Estadual de Notícias.
Durante o encontro, Piana enfatizou a competitividade do Paraná sobre os demais estados brasileiros no cenário internacional de disputa por investimentos, principalmente por conta da segurança fiscal e jurídica, fatores decisivos na tomada de decisão de investidores.
“Passamos um pouco do que o Paraná está fazendo para os investidores e a gente quer dar continuidade a esse trabalho. Nós estamos preocupados não apenas com investimentos, mas com a segurança desses investimentos. A primeira coisa que um empresário quer saber é se o dinheiro dele vai ter garantia e se o Estado vai ter responsabilidade”, disse.
A reunião foi organizada pela Invest Paraná, vinculada à Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Serviços (Seics), e, segundo o diretor-presidente da instituição, Eduardo Bekin, o objetivo do encontro é potencializar os investimentos no Paraná. “Queremos que a Invest Paraná seja a porta de entrada para qualquer investimento que esteja no radar desses grupos. O Paraná nesse momento é um prato cheio. Temos oportunidades para investimentos, queremos fazer nos próximos quatro anos muito mais do que foi feito nos quatro anos anteriores”, completou.
O diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, destacou que o objetivo agora é realizar mais edições bilaterais, oportunizando maiores contatos entre autoridades do Estado e potenciais investidores. “Esses encontros são rotineiros, nós fazemos rodadas não só no Paraná, mas em Brasília e São Paulo. Estamos abertos a fazer negócios porque o que buscamos é um equilíbrio entre investimentos, um bom serviço e o melhor produto para nossa população mas com um preço justo”, disse.
O Paraná atraiu R$ 120 bilhões em investimentos em quatro anos. O montante é três vezes superior ao estipulado inicialmente para o período, de R$ 40 bilhões. O levantamento é da Invest Paraná, com base no volume de licenciamentos concedidos no Paraná pelo Instituto Água e Terra (IAT).
Na primeira gestão, por exemplo, dezenas de indústrias se instalaram no Estado, entre elas, a maior maltaria (Ponta Grossa) e a maior fábrica de queijos do País (São Jorge D’Oeste), a maior fábrica de salsichas e empanados do mundo (Rolândia), o maior frigorífico da América Latina (Assis Chateaubriand) e ainda houve ampliações nas plantas de empresas multinacionais, como Klabin, Volkswagen, Renault, Gazin, Boticário, além da expansão de cooperativas agrícolas, que dobram de tamanho dentro de poucos anos.
O Paraná tem um programa de atração de investimentos criado para inserir o Estado na agenda dos investimentos nacionais e internacionais. A iniciativa contempla uma série de medidas, como a dilação de prazos para recolhimento do ICMS, incentivos para melhoria da infraestrutura, comércio exterior, desburocratização e de capacitação profissional, com objetivo de tornar o Estado mais atrativo para novos empreendimentos.
Os incentivos pleiteados pelas empresas são avaliados de forma técnica pela Invest Paraná e pela Assessoria Econômica da Secretaria da Fazenda, em parecer que leva em conta as prioridades do Estado, como tipo do investimento, setor econômico, número de empregos gerados, impactos econômicos, sociais e de meio ambiente, adensamento da cadeia produtiva e grau de inovação, além de avaliar a condição fiscal e econômica do interessado, bem como sua condição financeira com vista à efetivação do investimento.