Uma operação coordenada pelo Ministério Público foi realizada para desarticular uma organização criminosa envolvida com jogos de azar e lavagem de dinheiro. A ação ocorreu simultaneamente em Londrina e Cambé, no norte do Paraná, além de cidades como Goiânia (GO), Brasília (DF), Itapema e Balneário Camboriú (SC).
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina cumpriu 23 mandados de busca e apreensão, três de prisão e impôs 14 medidas cautelares contra suspeitos. Entre as determinações judiciais, também foi ordenado o bloqueio de sites e sistemas online usados para a exploração de apostas ilegais no Brasil e no exterior, além da suspensão de perfis em redes sociais como Instagram e YouTube.
A operação resultou no sequestro de 236 veículos, 18 imóveis e na determinação de bloqueio de quase R$ 150 milhões em contas bancárias ligadas ao grupo criminoso.
O líder da organização já havia sido preso em 2011 na Operação Jogo Sujo II, mas seguiu expandindo suas atividades ilícitas por todo o país.
Os criminosos desenvolveram uma plataforma tecnológica para gerenciar e explorar apostas ilegais, que era disponibilizada a outros grupos em troca de comissões.
Documentos obtidos pelo Gaeco mostraram que, em apenas um mês, o esquema gerou mais de R$ 40 milhões em receita, sendo utilizado por 81 operadores em diferentes regiões do país.
Após a deflagração da Operação Engenho, em novembro de 2023, que resultou na prisão de dois integrantes responsáveis pela lavagem de dinheiro, o líder do esquema e seus familiares fugiram para os Estados Unidos.
Para ocultar os ganhos ilícitos, o grupo utilizava três locadoras de veículos, permitindo que outros criminosos, já condenados por tráfico, furto e receptação, também lavassem dinheiro por meio da compra de automóveis de luxo.
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