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Paraná busca saídas para monitorar a dengue e a leptospirose

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O Governo do Estado lançou, nesta semana, o Painel da Vigilância em Saúde, uma ferramenta que cruza dados ambientais com as ocorrências de dengue e leptospirose, permitindo uma análise mais aprofundada para subsidiar políticas públicas mais eficazes. O painel apresenta informações como a distribuição de casos dessas doenças por município, além de dados sobre vegetação nativa, áreas embargadas, zonas urbanas, taxa de cobertura de coleta de resíduos, qualidade da água, temperatura média e precipitação, entre outros.

Desenvolvido pelo Instituto Água e Terra (IAT) o painel faz parte do projeto Paraná Eficiente, financiado pelo Banco Mundial, com um aporte de US$ 7,5 milhões (aproximadamente R$ 40 milhões) destinado a melhorar a gestão pública.

A plataforma permite consultas por município, onde os usuários podem sobrepor camadas de dados de saúde, como dengue e leptospirose, a 31 variáveis ambientais, incluindo inundações, aterros, lixões e densidade populacional. Essas combinações geram informações complexas que auxiliam o Estado na definição de ações estratégicas.

O painel será um suporte para as ações de saúde pública já executadas pela Secretaria da Saúde e pelo IAT, como campanhas educativas, fumacê no combate à dengue e atendimento especializado para casos de leptospirose, geralmente ocorridos em períodos de chuvas intensas. O IAT também colabora com os municípios na coleta de lixo, fiscalização ambiental contra desmatamento e obras irregulares, além da preservação da flora e fauna.

“É uma ferramenta importante de gestão e prevenção, que, em parceria com as prefeituras, permitirá abordar os problemas de forma mais eficaz e melhorar a qualidade de vida da população, com soluções práticas para cada realidade”, ressaltou o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, responsável pela coordenação do trabalho com o Banco Mundial.

Além disso, o Estado disponibiliza painéis específicos para o monitoramento epidemiológico de arboviroses (Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela), leptospirose, surtos de diarreia aguda e a vigilância da qualidade da água para consumo humano.

O projeto Paraná Eficiente, com duração prevista de cinco anos, está dividido em dois componentes: o primeiro, focado em resultados (PforR), no valor de US$ 120,5 milhões, e o segundo, que abrange assistência técnica em áreas transversais para apoiar o programa, no valor de US$ 9,5 milhões. Esses recursos financiarão parcialmente ações já previstas no Plano Plurianual (PPA), em conformidade com a Lei Orçamentária Anual (LOA).

As áreas beneficiadas incluem a Saúde, com a modernização dos serviços; o Instituto Água e Terra e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná, com a modernização ambiental e gestão de riscos; além das secretarias do Planejamento, Administração, Previdência e Inovação, focadas no fortalecimento da gestão pública e de investimentos.

Segundo Marcos Marini, diretor de projetos da SEPL, o projeto está sendo executado dentro do prazo estipulado, cumprindo o objetivo de tornar a gestão pública mais eficiente. “Cumprimos mais uma etapa dos desembolsos do financiamento assinado em 2021 com o Banco Mundial, avançando em ações que beneficiam a população paranaense”, concluiu.

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