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quinta-feira, setembro 19, 2024
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PC-PR atinge coração de facção criminosa prendendo 54

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A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) realizou uma megaoperação que resultou na prisão de 54 pessoas no Paraná e em Santa Catarina, derrubando uma uma organização criminosa semelhante a Máfia, envolvida no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que movimentou mais de R$ 17 milhões nos últimos dois anos.

A operação foi executada simultaneamente em diversas cidades, incluindo Apucarana, Ortigueira, Rio Bom, Califórnia e Marilândia do Sul, no Paraná, além de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Mais de 245 policiais civis participaram da missão, que contou com o suporte de helicópteros e cães policiais.

Os crimes investigados abrangem tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, organização criminosa e financiamento do tráfico. O grupo também está associado a múltiplos homicídios ocorridos nos últimos anos. O objetivo principal da operação era capturar as principais lideranças, bem como integrantes dos núcleos financeiro e operacional, além de pequenos fornecedores.

Durante a investigação, foi descoberto que a organização criminosa utilizava métodos sofisticados para movimentar grandes quantias de dinheiro. As transações eram frequentemente realizadas por meio de Pix e máquinas de cartão de crédito, e estima-se que o montante total movimentado possa ser ainda maior, considerando os valores em espécie que não puderam ser contabilizados.

A operação também focou em enfraquecer financeiramente o grupo criminoso, com a emissão de 40 ordens judiciais para bloqueio de contas bancárias. O delegado André Garcia destacou que o núcleo financeiro da organização realizou mais de 52 mil transações bancárias em um período de pouco mais de dois anos, utilizando diversas contas em nome de terceiros para dificultar o rastreamento dos valores. “Eles empregavam várias técnicas de lavagem de dinheiro, muitas vezes usando contas de esposas e companheiras para esconder as lideranças”, explicou Garcia.

Além disso, foi revelado que a organização operava uma rede bem estruturada de pontos de venda de drogas. A investigação, que durou um ano, demonstrou que o grupo montou uma “empresa criminosa” altamente organizada, com centenas de pontos de venda. Esses locais eram instalados em imóveis invadidos, ou alugados, que eram adaptados para funcionar como pontos de venda.

O delegado Marcus Felipe da Rocha acrescentou que os pontos de venda eram equipados com um sofisticado sistema de videomonitoramento, usado tanto para supervisionar a venda de drogas quanto para monitorar a ação das forças de segurança. “Eles também instalaram câmeras nas ruas, permitindo que monitorassem a aproximação da polícia a distâncias de mais de cinco quilômetros dos pontos de venda”, detalhou Rocha.

Além das prisões e bloqueios financeiros, a operação reforçou a capacidade da PC-PR em enfrentar organizações criminosas complexas e bem estruturadas. A polícia segue investigando possíveis ramificações da organização em outras regiões, visando desmantelar completamente a rede de tráfico e lavagem de dinheiro.

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