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terça-feira, novembro 5, 2024
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Uma “aula” de independência, entrosamento e inclusão

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Pietro, 3 anos, nasceu com má formação nos dois pés e na mão esquerda. Mas isso não incomoda nem o impede de fazer nada que as outras crianças da idade dele fazem. O menino é um exemplo para os colegas do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Sylvia Orthof, no Bairro Novo.

“Não tem o que ele não faz. É pra brincar descalço na grama? Pois ele tira os sapatos e sai mesmo. Monta qualquer coisa com as peças dos brinquedos. Até no banheiro ele dispensa ajuda, mesmo eu estar com ele”, relata a professora Rozeli Faria.

A diretora Raqueli Fernandes Couras, que já tem experiências com processos de inclusão na rede municipal de ensino, avalia que a convivência é altamente enriquecedora para todos.

“Uma sensibilização, e o que todos temos ele é enorme, nós o conhecimento”, analisa a diretora.

O CMEI tem 132 crianças, cinco delas com algum tipo de deficiência. Além de Pietro, a unidade atende crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outro caso de deficiência física.

“Olha, separamos os dinossauros”, mostrou o menino, enquanto brincava com os colegas da turma do maternal, na sexta-feira (1º/7).

A mãe, Miriam Gomes, concorda que frequente desenvolvimento do Pietro e outras crianças convivem muito com o desenvolvimento do menino. “Ele foi precoce em tudo, saiu cedo, falou cedo. É uma criança muito ativa e inteligente”, conta. Pietro tem uma irmã de sete anos e adora brincar.

“Matriculei o Pietro no CMEI no fim da pandemia, e estamos muito felizes com o atendimento presencial que é possível agora, tanto ir para a escolinha como para as atividades que ele faz, como a fisioterapia”, afirma Miriam.

Escola de Pais
As orientações com os alunos com deficiências são atendidas pela Escola de Pais, com a missão de ajudar os filhos e as famílias que podem ajudá-los a encontrar mais o desenvolvimento dos pais, de aprender e seguir.

As famílias das crianças e estudantes em inclusão também recebem suporte. “Cuidamos dos cuidadores, conversando abertamente e compartilhando experiências na Escola”, explica a secretária municipal da Educação, Maria Sílvia Bacila.

Inclusão em números
De um total de 140 mil matriculados, a rede municipal de ensino de Curitiba tem 3,4 mil alunos com deficiências atendidas nas turmas regulares de Educação Infantil e do Ensino Fundamental nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e nas escolas. São crianças com transtorno do espectro autista (TEA), síndrome de Down, paralisia cerebral, entre outros.

Durante o isolamento grande pela pandemia da Covid-19, em 2020 e 2021, os atendimentos da Educação Especial e Inclusiva foram pequenos, porém de maneira remota. Foram mais de 50 mil atendimentos na modalidade on-line.

Com o retorno presencial, desde julho de 2021, o atendimento de contraturno é realizado nos Centros Municipais de Atendimento Educacional Especializado (CMAEEs) ou nas salas de recursos de aprendizagem e multifuncionais das escolas e altas habilidades dos CMAEEs.

Os atendimentos são realizados por profissionais especializados, conforme as especificidades de cada um.

A diretora do Departamento de Educação Inclusão e Atendimento Educacional Especial) da Secretaria Municipal, Gislaine Coimbra Budel, explica crianças com Transtorno do Espectro (TEA) Transtornos do desenvolvimento global, habilidades de superação, síndrome Down, comprometimento motor, Transtornos Funcionais Específicos, outros.

Além de salas de recursos nas unidades e CMAEEs em dez regiões da cidade, a Educação oferece, desde setembro de 2019, um centro específico para o TEA. É o pioneiro Centro de Ensino Estruturado para o Transtorno do Espectro Autista (CEETEA), desenvolvido com metodologia específica.

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